Não há dúvidas que a pandemia influenciou a vida de qualquer pessoa durante 2020, mas qual foi o impacto que teve nas nossas casas e estilos de vida? Para responder à questão, a Samsung lançou um estudo que, entre as várias conclusões, revela que os europeus estão dez vezes mais predispostos a gastarem dinheiro em equipamentos inteligentes para as suas casas do que em roupas de marca.
Com a participação de mais de 10.000 consumidores de dez países, com Portugal a ficar de fora, o estudo “Vida descentralizada: dos hábitos de confinamento a uma nova forma de viver” ajuda a compreender algumas das mudanças dos consumidores devido à COVID-19. Uma das conclusões evidencia que, para muitos, a pandemia originou uma aposta no ambiente doméstico.
Quando questionados sobre como poderiam gastar algum dinheiro eventualmente poupado, os europeus mostraram ter as ideias bem definidas. Os resultados mostram que os entrevistados têm quase 10 vezes mais probabilidade de dizer quanto gastariam, pelas opções dadas, em tecnologia inteligente ou eletrodomésticos inteligentes para a sua casa (38%) do que em roupas de marca (4%) ou acessórios (3%).
Em comunicado, Benjamin Braun, chief marketing officer da Samsung, para a Europa , explica os resultados agora conhecidos. “É lógico que as pessoas vão querer usar as suas casas como forma de expressarem as suas personalidades mais do que nunca, por isso não me surpreende que estejam mais propensas a investirem em tecnologia inteligente para as suas casas do que em joias ou roupas de marca”, afirma.
A aposta dos consumidores reflete-se nas próprias vendas da marca. Benjamin Braun fala num “grande aumento” na procura por produtos que podem ser personalizados, como headsets sem fio e altifalantes inteligentes.
Treino online: um “ritual” de confinamento que os europeus querem continuar a cumprir
Os dados do estudo mostram ainda que não só a forma como as pessoas se sentem em relação às suas casas mudou, como também a forma como ocupam o seu tempo em casa. Na verdade, 41% dos europeus entrevistados afirmam apostar agora em atividades em casa, que nunca teriam feito antes.
Daqueles que experimentaram novas atividades durante o período de confinamento, a maior parte, 78%, disseram que gostariam de continuar a cozinhar mais em casa. Quanto à continuação do treino, 60% referiram que pretendem continuar a fazê-lo online ou em casa daqui a um ano, mesmo que, entretanto, todas as restrições de viagens e distanciamento físico sejam suspensas.
Ainda na área de fitness, os wearables desempenham um papel cada vez mais importante no controlo dos níveis de atividade. Mais de um terço dos entrevistados europeus afirma que provavelmente vão comprar tecnologia de bem-estar ou de fitness nos próximos 12 meses. O próprio uso do rastreador de atividade da Samsung aumenta 17% ano após ano.
As videochamadas vieram para ficar
Os dados da investigação mostram que metade dos inquiridos que começaram a fazer videochamadas com amigos ou familiares, ou que começaram a fazê-lo com maior frequência durante a pandemia, pretendem continuar a ter estra estratégia, mesmo depois de terminadas todas as restrições de confinamento.
Talvez também devido a esta aposta, cerca de 29% dos europeus tenham começado a usar equipamentos com ecrãs grandes para fazerem chamadas de vídeo durante a pandemia.
Concretizada pela Ipsos MORI para a Samsung, a investigação entrevistou pessoas do Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália, Espanha e Suécia, na Noruega e Polónia. Os inquéritos foram realizados entre 17 e 26 de novembro deste ano.
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