Só este ano, a administração Biden já revogou oito licenças que permitiam que algumas empresas fizessem chegar os seus produtos à gigante chinesa de equipamentos de telecomunicações Huawei.
Os dados fazem parte de um documento, citado pela Reuters, que aponta para uma estratégia por parte dos Estados Unidos para pressionar a empresa, que está a ressurgir no mercado.
Em maio, o Departamento de Comércio dos EUA, responsável pela política de exportação do país, referiu que algumas licenças tinham sido revogadas, sem especificar detalhes. As licenças revogadas incluíam permissões para a Qualcomm e a Intel, entre outros fornecedores.
Preparado em resposta a uma investigação do congressista republicano Michael McCaul, o documento, especifica que as licenças incluíam equipamentos de teste e elementos como touchpads e sensores touchscreen para tablets.
As revogações são encaradas como fazendo parte dos esforços contínuos de Washington para conter a Huawei, que tem sido acusada de representar um risco à segurança nacional, embora a empresa negue tais alegações.
O pedido de investigação surge num contexto de pressão dos republicanos no Congresso para a adoção de medidas mais severas contra a Huawei, especialmente após o lançamento de um novo telefone com um chip fabricado pela chinesa SMIC, desafiando as restrições de exportação dos EUA. O novo telefone terá contribuído para um aumento de 64% nas vendas de smartphones da Huawei nas primeiras seis semanas de 2024.
Desde que foi colocada na lista de restrições comerciais dos EUA em 2019, a Huawei tem enfrentado obstáculos significativos. Entretanto, os fornecedores da empresa receberam milhares de milhões de dólares em licenças, devido a uma política da administração Trump que permitiu que uma ampla gama de produtos chegasse à Huawei.
Segundo a Reuters, entre 2018 e 2023, o Departamento de Comércio dos EUA terá aprovado 335 mil milhões em licenças para entidades chinesas, face aos 222 mil milhões aprovados apenas em 2021, o primeiro ano de Joe Biden no cargo.
De recordar que foi durante a administração de Donald Trump que a Huawei e outras fabricantes chinesas entraram para uma lista negra, sendo barrada a exportação de tecnologia para a empresa sem as devidas autorizações. Em causa está a acusação de que a Huawei partilha dados dos cidadãos americanos com o governo chinês, tornando-se um assunto de segurança nacional.
Depois de alguns anos com quebras de receitas sucessivas, a Huawei anunciou a recuperação no início do ano, recuperando parte do mercado na China, chegando mesmo a afirmar que a “tempestade” das sanções já tinha passado.
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