A subida dos preços das matérias primas e da energia, a pressão nos custos de produção, a escassez de chips e o encerramento de portos, bem como o retomar da vida fora de casa, o aumento do número de pessoas deslocadas e o máximo histórico da inflação na Zona Euro (8,4%), moldaram as compras dos consumidores europeus em 2022.
Um novo estudo da GfK sobre o comportamento dos mercados de Tecnologia e de Bens de Consumo na Europa revela que as vendas de Bens Tecnológicos de Consumo caíram 6% em 2022. Portugal fechou o ano em contraciclo, com a melhor faturação de sempre no sector: 3,3 mil milhões de euros, mais 2,5% que no período homólogo, com as áreas das telecomunicações e dos eletrodomésticos em maior destaque.
Voltando à perspetiva geral, europeia, a análise da GfK concluiu que as compras de material informático foram as mais afetadas por uma mudança de atitude dos consumidores, que trocaram as compras por impulso pelas compras por necessidade.
Ao longo do ano passado, as compras de informática diminuíram 8%, face ao período homólogo. “Nesta área, 51% das compras foram para a substituição de aparelhos estragados, 26% para o upgrade de um equipamento funcional, 10% para a compra de um primeiro produto e 13% para a compra de um produto adicional”, detalha a GfK.
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Verificou-se, por outro lado, um aumento dos bens eletrónicos de consumo e de fotografia (1%), assim como de telecomunicações (5%), que geraram uma receita de 1.060 milhões de euros em vendas. A compra de acessórios foi a que mais cresceu nesta área, avançando 18%, para um total de 154 milhões de euros. A procura de Wearables também aumentou (4%), permitindo gerar vendas no segmento de 74 milhões de euros.
As vendas de telemóveis tiveram igualmente uma trajetória positiva (3%), permitindo um volume de vendas de 829 milhões de euros, que a GfK associa sobretudo à subida no preço dos equipamentos. Nos últimos cinco anos, a consultora revela que o preço médio de um telemóvel avançou 35% e em 2022 fixou-se nos 346 euros. O período médio para renovação de equipamentos também se alterou e é agora superior a três anos.
A consultora identificou também como tendência, a preferência crescente dos consumidores por produtos premium, com 47% dos participantes no estudo a mostrar apetência para menor quantidade e melhor qualidade.
Esta é aliás uma das tendências que se espera ver mantida em 2023, ano em que a GfK antecipa também o crescimento da procura por produtos inovadores, que respondam às necessidades de consumidores “mais hesitantes em gastar e com orçamentos previstos”. O ano será também marcado
Este ano, a consultora acredita que o mercado europeu de Bens Tecnológicos de Consumo vai manter-se praticamente estagnado, com as vendas a crescerem entre 0 e os 2%. A previsão para Portugal é semelhante e antecipa um crescimento entre os 0 e os 3%.
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