O investimento na expansão dos universos Marvel e Star Wars nos serviços de streaming da Disney estão a dar frutos à gigante do entretenimento. A empresa acaba de divulgar números referentes aos seus serviços, destacando que a Disney+ soma 14,4 milhões de subscritores, superando as expetativas dos analistas, que previam 10 milhões de utilizadores desde a sua estreia. Séries como Star Wars Obi-Wan Kenobi e a expansão do MCU às séries televisivas de super-heróis deram uma ajuda.
Quando somado aos serviços Hulu e ESPN+, a Disney contabiliza 221,1 milhões de subscritores no final do trimestre que acabou em junho, avança a Reuters. Esse número supera os 220,7 milhões de subscritores da Netflix, depois da gigante de streaming ter revelado que perdeu cerca de 1 milhão de subscritores no segundo trimestre do ano.
Em declarações ao SAPO TEK, a Netflix refuta os números partilhados pela Disney que estão a fazer confusão nas métricas entre subscrições e subscritores. "Os 221 milhões da Disney referem-se a subscrições e não a subscritores (a métrica que usamos na Netflix nos nossos resultados)", esclarecendo que nos Estados Unidos a Disney te 110 milhões de subscrições entre a Disney+, Hulu e ESPN+, e dessa forma, os lares que três os três pacotes de serviços da Disney são contados três vezes "versus os que são contados uma vez como subscritores da Netflix", disse a plataforma e aqueles que têm dois serviços são contabilizados duas vezes. A Netflix chama a atenção para a página 11 do relatório dos resultados da Disney, onde está a informação de como é contabilizado as subscrições. "A Netflix continua a liderar a concorrência de streaming em todas as métricas chave: receitas, compromisso e subscritores pagantes", referiu porta-voz da plataforma de streaming para Portugal e Espanha, acrescentando que "não se devem comparar os 221 milhões de subscrições da Disney com os nossos 220 milhões de subscritores".
Mas se os números são boas notícias para os acionistas da Disney, os utilizadores vão ter um aumento no preço dos serviços, sobretudo para continuarem a assistir às suas séries sem anúncios no Disney+ e Hulu. O Disney+ vai subir os preços em 38% em dezembro, pelo menos nos Estados Unidos, para uma mensalidade de 10,99 dólares. O preço atual de 7,99 dólares vai manter-se como opção, mas inclui anúncios de publicidade. O serviço Hulu vai também ver o seu preço aumentar entre 1 a 2 dólares dependendo do plano escolhido.
As contas da empresa foram bem-recebidas em Wall Street, fazendo o valor das suas ações crescerem 6,9%, a 120,15 dólares por ação. De notar o crescimento dos serviços de streaming desde que apontou baterias ao mercado em 2017, na promessa de rivalizar com a Netflix na procura de audiências fora dos circuitos tradicionais de cabo e sinal aberto de televisão.
Segundo o analista da Investing.com, Haris Anwar, citado pela Reuters, “A Disney está a ganhar quota de mercado quando a Netflix está com dificuldades em adicionar mais subscritores. A Disney tem mais espaço para crescer nos mercados internacionais, onde está a disponibilizar o seu serviço rapidamente e a adicionar novos clientes”.
No entanto, nas suas previsões futuras, é referido que a Disney prevê um abrandamento de subscritores, influenciado pela perda dos direitos de transmissão de cricket na Índia. A empresa projeta um total de 215 a 245 milhões de subscritores totais até ao final de setembro de 2024, uma redução dos 230 a 260 previstos inicialmente, ajustando-se às baixas expetativas do mercado indiano.
Apesar da boa performance de subscritores, o serviço de streaming continua a dar prejuízo à empresa. Neste último trimestre, a divisão de televisão de streaming perdeu 1,1 mil milhões de dólares. As perdas no streaming fizeram a unidade de media e entretenimento da Disney recuar 32% dos lucros para quase 1,4 mil milhões. As receitas totais da Disney cresceram 26% face ao ano passado para 21,5 mil milhões de dólares, superando as projeções dos analistas de 20,96 mil milhões de dólares.
Nota de redação: Foi acrescentada a informação partilhada pela Netflix sobre a diferenciação entre subscrições e subscritores reais da Disney. O título foi alterado para refletir o respetivo contexto.
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