O relatório da Immunefi, a plataforma de bug bounty e serviços de segurança para DeFi, mostra que as perdas totais em 2022 ultrapassaram os 3,9 mil milhões de dólares, um número considerado impressionante pelos autores do Crypto Losses in 2022. Uma parte significativa do volume de fundos de cripto perdidos pela comunidade devido a ataques de hackers e fraudes concentrou-se no último trimestre, onde os ataques à FTX, no valor de 650 milhões de dólares, e à BNB Chain, no valor de 570 milhões de dólares somaram mais de 1,2 mil milhões.
Segundo a informação do relatório, a BNB Chain ultrapassou a Ethereum para se tornar no principal alvo de ataques entre blockchain em 2022, com 65 incidentes. No caso da Ethereum foram testemunhados 49 incidentes, enquanto a Solana, que não estava entre as 10 primeiras blockchains alvo de ataques no ano passado, chegou ao terceiro lugar no top de 2023.
Veja as imagens do relatório
Em 2023 a avaliação da web3 foi avaliada em mais de 934 mil milhões de 2022, o que representa uma oportunidade sem paralelos para os hackers blackhat. A Immunefi explica que fez revisão de vários casos onde os hackers blackhat que exploraram diferentes protocolos crypto, assim como os casos de protocolos que alegadamente tiveram maiores quebras em 2022. Foram localizados 168 incidências deste género, incluindo tentativas de ataque sem sucesso assim como eventuais fraudes.
As perdas no ecossistema web3 elevaram-se a 3,9 mil milhões e destes 3,7 mil milhões foram atribuídos a ataques de hackers, relacionados a 134 incidentes. As somas mais significativas estão ligadas aos casos da Ronin Network, BNB Chain,
Wormhole e FTX. Os 5 maiores exploits do ano representam quase 60% das perdas de 2022.
Apesar do valor elevado de perdas, a Immunefi indica que é uma quebra de 51,2% em relação a 2021, quando os ataques hackers e fraudes se elevaram a 8 mil milhões de euros.
A empresa que protege mais de 60 biliões de dólares em fundos de utilizadores refere ainda no relatório que em 2022 os ataques de hackers foram a maior causa de perdas, com 95,6%, enquanto as fraudes e golpes representam apenas 4,4%.
Os sistemas DeFi (decentralized finance) são o principal alvos dos ataques bem sucedidos, com 80,5% dos casos, enquanto os CeFi (entralized finance) representam menos de 20%.
De notar ainda que 204 milhões dos fundos roubados foram recuperados em 13 casos concretos.
A plataforma Immunefi foi fundada e é liderada pelo luso-descente Mitchell Amador, e está atualmente localizada em Lisboa. Conta na sua plataforma com projetos de cripto líderes como Chainlink, Wormhole, MakerDAO, Compound, Synthetix, entre outros.
O relatório pode ser consultado online no site da Immunefi.
Nota da redação: a notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 14h29
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