"Encontrámos centenas de milhões de dólares em tão pouco tempo", afirmou o presidente dos Estados Unidos. "Encontrámos fraude e abuso", destacou, dando palco a um Elon Musk de boné, e acompanhado pelo filho mais pequeno, para explicar os resultados do projeto DOGE, ambos a responder em direto na sala oval da Casa Branca, em Washington.

Trabalho manual ineficiente, pagamentos que não podem ser reconciliados, dúvidas no pagamento das pensões da segurança social e outras histórias de falhas na burocracia foram apresentados por Elon Musk que está em direto da sala oval e falar sobre o departamento de eficiência governamental que tem sido altamente contestado.

A ideia é que são precisos esforços mais agressivos para conseguir os objetivos definidos no DOGE, antecipando grandes cortes de despesas.

O bilionário que tem estado ao lado de Donald Trump desde a candidatura à Casa Branca, começou por colocar em perspetiva a sua visão do que é transparência, contrapondo a burocracia existente, que não corresponde à visão do presidente eleito, à democracia com a decisão dos eleitores.

Donald Trump diz que "é de loucos" o que foi encontrado em termos de contratos e afirma que os resultados mostram fraude e abuso, embora afirme que há casos de contratos em que isso pode acontecer. "Pode ser muita coisa, mas pode ser fraude", afirmando que os Tribunais têm de deixar que a administração agir.

"Como podemos deixar de olhar? Temos um caso em Nova Iorque com 59 milhões de dólares, tudo ilegal", afirmou Donald Trump.

Donald Trump já tinha publicado hoje uma mensagem no X a dar conta da investigação, a dizer que ainda há muito para descobrir e que não há desculpas.

Um minuto depois de terminar a conferência, Elon Musk já tinha partilhado uma imagem onde está com o filho às cavalitas a responder a questões na sala oval.

Elon Musk e o DOGE com mais poder na administração Trump

Uma das primeirs ordens executivas assinadas por Donald Trump serviu para reforçar os poderes do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que está a ser  liderado pelo bilionário Elon Musk. 

A ordem executiva de Trump mudou o nome do Serviço Digital dos EUA (USDS - U.S. Digital Service) para como Serviço DOGE dos EUA (USDS). O departamento foi criado em 2014 pelo ex-presidente Barack Obama para “mudar [a] abordagem do governo à tecnologia”.

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O novo presidente disse que o DOGE deverá ter 20 funcionários, mas não é um departamento executivo federal, o que exigiria um ato do Congresso para ser criado. A ideia é que os os responsáveis ​​das agências dos EUA tenham de consultar o USDS para formar “Equipas DOGE” com pelo menos quatro funcionários dentro da sua agência no prazo de 30 dias.

O objetivo é desenvolver um plano de modernização e melhoria da infraestrutura de rede do governo e os sistemas de Tecnologias de Informação, dando ainda acesso a registos de agências “não classificados”, sistemas de software e sistemas de TI “consistentes com a lei”. Este tema tem sido polémico e foi contestado pelos tribunais. 

Na semana passada o Departamento de Justiça dos EUA concordou em limitar o acesso do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE na sigla inglesa), dirigido pelo empresário Elon Musk, a informações financeiras sensíveis do Departamento do Tesouro.

Já se sabia que Elon Musk recomendava cortes profundos nas agências federais, tendo sido escolhido para liderar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) e esse mandato é agora reforçado com sentido de urgência para “promover a agenda DOGE de 18 meses [do Presidente Trump]”.

O dono da Tesla e da SpaceX discursou na cerimónia de tomada de posse de Donald Trump e partilhou o vídeo no X, onde mostra o seu entusiasmos pelo momento.

O trabalho de análise do DOGE deve estar concluído no máximo até 4 de julho de 2026 e Elon Musk já disse que pode poupar 2 mil milhões de dólares ao Governo norte americano.

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação durante a conferência. Última atualização 22h08