Segundo os dados avançados pela Experis, há um crescimento nas intenções de contratação dos empregadores do setor tecnológico em Portugal para o primeiro trimestre de 2026, com a Projeção para a Criação Líquida de Emprego a situar-se nos 36%.

Não perca nenhuma notícia importante da atualidade de tecnologia e acompanhe tudo em tek.sapo.pt

O valor representa um aumento de 10 pontos percentuais face ao trimestre passado e de 19 pontos percentuais na comparação anual, posicionando-o como o 9.º país com as intenções mais "otimistas", 1 ponto percentual acima da média global.

Experis Tech Talent Outlook | 1º trimestre de 2026
Experis Tech Talent Outlook | 1º trimestre de 2026 Evolução na Projeção para a Criação Líquida de Emprego nas IT em Portugal créditos: Experis

Ao todo, 59% dos empregadores inquiridos em Portugal querem aumentar as suas equipas no próximo trimestre. Por outro lado 10% antecipam reduções na sua força de trabalho e 26% que esperam manter o número atual de colaboradores.

No que toca aos casos em que se prevê uma redução de colaboradores, os empregadores das TI a nível nacional mencionam o impacto da automação e da otimização de processos para aumentar a eficiência, destacados por 33% das organizações, num valor que é superior à média nacional de todos os sectores, que se fixa nos 24%.

O relatório realça que esta realidade é semelhante ao cenário global do sector, onde a automação é referida como o principal fator para a redução das equipas (34%). Os processos de reorganização ou downsizing também são apontados a nível nacional (33%) como razão para a redução de emprego.

Ao contrário do que sucede na generalidade dos sectores em Portugal, nenhuma empresa nacional de TI menciona o impacto dos desafios económicos como motivo para a redução das equipas. Apesar disso, 17% referem o impacto das alterações do mercado, sendo este valor que se situa nos 29% a nível global.

Embora o mercado de trabalho em TI seja historicamente forte em muitos países, a necessidade por perfis mais especializados em áreas como a cibersegurança, dados e IA, está a tornar as contratações do setor mais segmentadas e focadas.

Olhando para os motivos apontados pelos empregadores de TI em Portugal para apostar nas contratações, a expansão das organizações destaca-se como a principal razão, em particular, pela implementação de novos projetos ou de iniciativas temporárias que precisam de comptências dedicadas (48%). Segue-se o crescimento da organização, que leva à criação de postos de trabalho (44%) e a abertura de novas áreas (32%).

Contam-se ainda os avanços tecnológicos que exigem competências e funções especializadas, destacados por 28% dos empregadores nacionais de TI, numa subida face aos 11% do trimestre anterior. Nas TI, a necessidade de preencher vagas abertas no trimestre anterior está também no topo dos motivos da contratação (24%).

Citado em comunicado, Nuno Ferro, Brand Leader da Experis. afirma que "nos primeiros três meses de 2026, o setor tecnológico em Portugal revela intenções de contratação robustas, com uma evolução positiva face ao trimestre passado e ao período homólogo de 2025".

"Ainda assim, as perspetivas de contratação das empresas nacionais são também mais especializadas, num momento em que o contexto de transformação digital exige uma aposta em perfis com competências em áreas críticas, como IA, data ou cibersegurança", destaca, acrescentando que estas contratações "permitirão às empresas garantir que dispõem do talento capaz de acelerar a digitalização dos negócios e de se adaptar a um mercado em constante evolução”.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 10h53)

Assine a newsletter do TEK Notícias e receba todos os dias as principais notícias de tecnologia na sua caixa de correio.