
No total, a Altice Portugal vai cortar 1.000 postos de trabalho, correspondente a 16% da sua mão-de-obra, um ajuste feito pela necessidade de implementação de inteligência artificial. A dona da MEO viu algumas das suas funções realizadas pelos trabalhadores redundantes, levando ao corte dos colaboradores.
Segundo avança a Bloomberg, citando Jorge Félix, presidente do sindicato dos trabalhadores da Altice Portugal, cerca de 800 trabalhadores já tinham aderido e assinado o acordo do programa de rescisão realizado em julho. Foram agora adicionados mais 200 que já tinham concordado sair voluntariamente da empresa. O presidente do sindicato disse em entrevista que “não podemos negar que a Altice necessita se adaptar ao aumento da automação e IA, mas também é verdade que precisa de cortar custos e reduzir a dívida, e estas medidas tornam a empresa mais atrativa para um possível comprador”.
A agência aponta o investimento nestas tecnologias como medidas para enfrentar a forte concorrência que a DIGI representa no mercado português desde que começou a operar no país. Da mesma forma que a NOS também realizou cortes em maio para se ajustar à concorrência.
Além da saída dos 1.000 trabalhadores, a Altice Portugal realizou uma reestruturação interna, resultando no encerramento de cinco empresas do grupo, afetando mais 1.500 funcionários, avança o Público. As cinco empresas que vão ser eliminadas são a Blueclip, PT Contact, PT Sales, PT Prestações e a Meo - Serviços Técnicos de Redes. Os funcionários em questão vão transitar para a empresa principal da Altice Portugal, a Meo - Serviços de Comunicações e Multimédia.
O jornal cita o projeto de fusão entregue pela empresa na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa que diz que “a fusão das sociedades implica a transmissão dos trabalhadores das sociedades a incorporar para a sociedade incorporante. A transferência de trabalhadores não carece, nem fica condicionada, à celebração de acordos individuais com cada um dos trabalhadores, não obstante os trabalhadores terem o direito de oposição previsto no Código do Trabalho”.
A dona da MEO diz que a transição dos funcionários não tem como objetivo a obtenção de quaisquer vantagens fiscais. E que a operação se insere no processo de reorganização do grupo económico, com o objetivo de racionalizar, otimizar e simplificar a respetiva estrutura societária. A Bloomberg aponta que o plano de vender a Altice Portugal pela casa-mãe Altice Internacional falhou, passando para uma estratégia do grupo considerar vender os diferentes ativos da infraestrutura de forma separada, como a MEO, a participação na rede de fibra ótica Fastfiber do consórcio com a Morgan Stanley e um centro de dados.
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