"Não vamos fazer negócios com a Huawei". Foram estas as declarações de Donald Trump feitas aos jornalistas na semana passada, que inicialmente fizeram a imprensa internacional falar num novo recuo nas relações entre a Huawei e os Estados Unidos.
A Casa Branca veio mais tarde esclarecer que o presidente dos Estados Unidos estava a fazer referência a uma proibição do governo americano em usar produtos ou tecnologia da Huawei. Esta proibição já foi implementada em janeiro 2018, integrada numa lei conhecida como The National Defense Authorization Act.
Assim, as agências governamentais continuam a estar proibidas de comprar produtos de telecomunicações à Huawei sem a permissão expressa do governo dos Estados Unidos. Nesta lista, a empresa fica em clara desvantagem no mercado americano.
O comunicado surge na mesma altura em que o governo chinês se recusou a comprar produtos agrícolas aos Estados Unidos, uma medida que poderá ser uma retaliação às tarifas de Trump sobre as importações da China.
E ainda em “ambiente hostil”, no início do mês de agosto o governo chinês já tinha autorizado a desvalorização da sua moeda em relação ao dólar, o que alguns dizem se tratar de um movimento de "guerra de câmbio". Os Estados Unidos classificaram oficialmente a china como "manipulador de moeda" em resposta.
Desde maio que os Estados Unidos colocaram a Huawei numa lista negra e, desde então, tem sido incerto o rumo tomado por Donald Trump. Ainda que presente nessa lista negra, a fabricante chinesa pode continuar a comprar tecnologia e produtos nos Estados Unidos, mediante uma licença especial.
No "meio" desta incerteza, no final da semana passada, a 9 de agosto, a Huawei apresentou oficialmente o seu sistema operativo, uma alternativa ao sistema do Android, caso as proibições americanas continuem a escalar. Até então conhecido como HongmengOS, HarmonyOS foi o nome escolhido para esta nova solução da Huawei, que promete um motor capaz de oferecer uma experiência fluída e interativa.
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