Esta madrugada, às 5:11 registou um sismo em Portugal, com uma magnitude de 5.3 na escala de Richter. O epicentro foi a cerca de 60 quilómetros a Oeste de Sines, sentindo-se com menor intensidade na região de Setúbal e Lisboa. Segundo o comunicado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as primeiras informações deram conta de que não houve danos pessoais ou materiais, embora tenha sido sentido com intensidade máxima na escala de Mercalli IV/V na região de Sines.
Segundo avança a Lusa, num ponto de situação feito pelo comandante nacional de emergência e proteção civil, André Fernandes, às 8h00, foram ainda registadas mais três réplicas, com 1.2, 1.1 e 0.9, respetivamente. De salientar que a intensidade do sismo não reúne critérios para ativar os planos especiais, que apenas são iniciados a partir de 6.1.
Apesar da ocorrência ter sido de madrugada, muitos portugueses procuraram informação no website do IPMA, como sendo a principal e a mais fiável fonte. O movimento CpC: Cidadãos pela Cibersegurança alerta que na altura de maior afluência para procurar informação, o website do Instituto esteve em baixo, pelo menos até às 5:55 da manhã.
Foram assim apontadas as fragilidades da infraestrutura do website do IPMA, que numa situação de maior emergência de um potencial grande sismo, “os sistemas do IPMA não serão resilientes ao aumento de acessos”, supondo que as redes móveis e de internet resistissem.
Em paralelo, o website da Google manteve a população informada, mostrando o alerta a vermelho para a ocorrência sísmica, embora com a escala de intensidade errada, mostrando 5.9 quando o abalo foi de 5.3.
O SAPO TEK também tentou contactar o IPMA para obter mais informações e o formulário de contacto continua a apresentar um erro, muito provavelmente pelo número de solicitações a decorrer pelos portugueses.
Para evitar que no futuro o IPMA fique indisponível, o CpC deixa algumas sugestões para aumentar a resiliência. A utilização de CDN (Content Delivery Network) para armazenar cópias do conteúdo do website em servidores distribuídos geograficamente para que os utilizadores acedam aos recursos do servidor mais próximo. Refere ainda a implementação de um bom sistema de balanceamento de Carga (Load Balancing) e caso já tivesse, era necessário adicionar mais servidores para se lidar com o aumento de tráfego.
O CpC pede ainda para ser feita uma otimização ao código e website para reduzir a carga dos acessos. Deve ainda avaliar o alojamento do website em plataformas cloud para que possa escalar automaticamente os recursos necessários. Devem ser feitos mais testes de carga e ter um plano para lidar com a perda total de acessos e de servidores.
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