Metade dos americanos usam as redes sociais para se informarem sobre a atualidade. Um quinto, recorre a estas fontes com frequência para esse fim e 29% fá-lo esporadicamente. Os dados são de um estudo da Pew Internet e mostram que, embora numa proporção menor que no ano passado, quando o mundo estava fechado em casa e o recurso às redes sociais era generalizadamente maior, as redes sociais continuam a ser uma fonte de informação noticiosa por excelência nos Estados Unidos. Mesmo com todas as questões que continuam a levantar-se sobre a veracidade de muita da informação veiculada por esta via.
Os dados recolhidos mostram que o Facebook é, dentre várias opções, aquela que é mais usada de forma regular para ler notícias, com 31% dos americanos a afirmarem que usam a rede social para este fim. YouTube, Twitter e Instagram são igualmente usados por fatias importantes da população (entre 22 a 11%) para se manter a par da atualidade. Contudo é o Twitter a rede social mais vista - pelos seus próprios utilizadores - como plataforma informativa, com 55% dos que a usam a indicarem que a usam para este fim.
O estudo da Pew Internet também recolhe alguma informação de perfil sobre os internautas que usam as redes sociais para procurar notícias da atualidade. Conclui que o Facebook, o Instagram ou o TikTok são mais usados como fonte de notícias da atualidade por mulheres do que por homens, ao contrário do Twitter, do Reddit ou do Linkedin, onde a utilização masculina é maior.
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Os dados mostram ainda que as redes sociais com maior percentagem de utilizadores entre os 18 e os 29 anos são o Snapchat, o TikTok ou o Reddit, enquanto na faixa etária entre os 30 e os 49 a preferência vai para o Reddit, LinkedIN e YouTube. Por áreas políticas, são os simpatizantes do partido democrata, cor política do presidente em funções, quem mais se informa pelas redes sociais.
Recorde-se que, ainda em julho, a Casa Branca acusou diretamente o Facebook e o YouTube como plataformas responsáveis pela partilha de notícias falsas sobre a Covid-19 e de não fazerem o suficiente para impedir a disseminação deste tipo de informação. O presidente Joe Biden chegou a chamar as redes sociais de “assassinas” por serem lentas a impedir a desinformação, referia na altura a Reuters.
Noutros temas, a polémica em torno das medidas asseguradas por estas plataformas para validar a informação que deixam partilhar também existe e é aliás antiga. Várias ações têm sido anunciadas, mas a acusação da Casa Branca no final de julho parece indicar que pouco mudou.
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