O WhatsApp voltou a pedir aos utilizadores que aceitem a nova política de privacidade da empresa. Esta é a segunda tentativa da empresa do universo Facebook para fazer aprovar os novos termos da sua política de privacidade.
A primeira foi em janeiro e dava aos utilizadores até 8 de fevereiro para aceitarem as alterações, mas gerou tanta contestação que a empresa foi obrigada a rever o prazo para fazer valer as alterações e a explicar melhor o que está em causa.
Utilizadores como Elon Musk, fundador da Tesla, criticaram abertamente o tom de ameaça do WhatsApp, que alertava os utilizadores que não aceitassem a alteração para o impedimento de continuarem a usar o serviço. O empresário foi uma das vozes a sugerir a migração para outras plataformas, como o Signal, que na semana seguinte ao anúncio somou 7,5 milhões de downloads, mais de 4.200% que na semana antes dessa.
O WhatsApp recuou no prazo, mas volta agora à carga e na verdade nada mudou em relação às alterações previstas ou às consequências.
Em causa está a partilha de dados dos utilizadores do serviço com parceiros da empresa, como o Facebook. Nada verdadeiramente novo, uma vez que essa transferência de informação já ocorre desde 2016. O que vai mudar agora é que, além de partilhar números de telefone dos utilizadores e dados sobre os seus dispositivos com o Facebook, o WhatsApp passará a partilhar também dados de pagamentos e transações, que vão servir para ajudar a direcionar publicidade. Vai entretanto ser disponibilizado um vídeo a explicar as alterações, disse já o WhatsApp.
O novo prazo limite para concordar com os renovados termos de utilização do WhatsApp é 15 de maio. Até lá, os utilizadores serão progressivamente abordados. Quem não aceitar deixará de conseguir usar o serviço em pleno, primeiro, e mais tarde por completo, como já avisa na nova página de FAQs da plataforma. Aí explica-se que, a quem escolher ficar fora das novas regras de utilização do WhatsApp, o serviço aplica a política de utilizadores inativos, apagando as contas.
Numa informação divulgada pelo Tech Crunch, alegadamente de um email enviado pelo WhatsApp a uma empresa parceira, explica-se ainda sobre o “pós 15 de maio” de quem não aceitar as alterações que, “por um curto período de tempo, esses utilizadores vão conseguir receber chamadas e notificações, mas deixam de conseguir ler e enviar mensagens a partir da aplicação”.
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