Durante 2022, os ataques informáticos praticados por nações contra infraestruturas passaram a representar 40%, face aos 20% registados em 2021. De acordo com o relatório da Microsoft, este aumento deve-se em grande parte ao objetivo da Rússia em danificar infraestruturas ucranianas, bem como à espionagem russa "agressiva" dos aliados da Ucrânia, incluindo os Estados Unidos, para danificar infraestrutura digital.
Moscovo também acelerou as suas tentativas de acesso a empresas de tecnologia para impedir o seu correto funcionamento ou para obter informações dos clientes governamentais dessas empresas, principalmente das que são membros da NATO, como é o caso de Portugal.
Segundo o relatório, 90% dos ataques russos detetados pela Microsoft este ano tiveram como alvo os países membros da NATO.
Além da Rússia, a Rússia, Irão, Coreia do Norte e China estão a intensificar ciberataques com maior taxa de sucesso que também aumentaram significativamente os seus ataques cibernéticos contra infraestruturas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.490 civis mortos e 9.972 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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