O telescópio espacial Hubble, que assinalou o seu 35º aniversário em abril, continua a captar imagens espaciais impressionantes. Uma das mais recentemente partilhadas pela NASA mostra uma visão de uma das “vizinhas” cósmicas da Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães, localizada a 160.000 anos-luz.

Como explica a agência espacial, a Grande Nuvem de Magalhães é, na verdade, uma galáxia anã. Apesar disso, afirma-se como a maior das galáxias satélite nas redondezas da Via Láctea.

Segundo a NASA, foi possível obter esta imagem graças a instrumentos como a Wide Field Camera 3 (WFC3), que recolheu as observações necessárias. A WFC3 conta com uma variedade de filtros e cada um deixa passar comprimentos de onda específicos.

Hubble | Grande Nuvem de Magalhães
Hubble | Grande Nuvem de Magalhães créditos: ESA/Hubble & NASA, C. Murray

Neste caso, a imagem combina observações feitas com cinco filtros diferentes, incluindo alguns que captavam luz ultravioleta e infravermelha. Ao processarem as imagens captadas pelo Hubble, os especialistas combinam os dados recolhidos, atribuindo uma cor a cada filtro.

No caso da luz visível, a cor atribuída costuma corresponder diretamente à que o filtro deixa passar. Já no caso de comprimentos de onda que não são visíveis ao olho humano, são atribuídas cores representativas. Por exemplo, os comprimentos de onda mais curtos, como o ultravioleta, são geralmente representados em azul ou roxo, enquanto os mais longos, como o infravermelho, aparecem a vermelho.

Recorde-se que, até à data, o Hubble já fez quase 1,7 milhões de observações, “espreitando” cerca de 55.000 pontos de interesse astronómico.

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Ao todo, os dados recolhidos pelo Hubble ao longo destes 35 anos de exploração perfazem mais de 400 TB. Segundo a NASA, as descobertas feitas pelo Hubble resultaram em mais de 22.000 artigos científicos que, até fevereiro de 2025, contavam com mais de 1,3 milhões de citações.

Para já, o telescópio ainda não tem uma data marcada para a “reforma” e, de acordo com informação oficial, continuará as suas operações durante os próximos anos, pelo menos, até meados da década de 2030.

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