À medida que a guerra na Ucrânia continua a evoluir, com a invasão por parte da Rússia a duplicar ciberataques contra infraestruturas críticas, a Comissão Europeia apresenta um novo plano de ação para reforçar as capacidades de ciberdefesa da União Europeia (UE).
Com esta nova proposta, Bruxelas espera reforçar a cooperação e investimentos na área da ciberdefesa, de modo a proteger de uma melhor forma os cidadãos e infraestruturas da UE, apostando também num melhor processo de deteção e mitigação das crescentes ameaças.
Como realça a Comissão Europeia em comunicado, “o ciberespaço não tem fronteiras” e os ciberataques que se têm vindo a registar mostram os riscos que existem tanto para civis como militares.
A nova política tem em vista o reforço das capacidades de ciberdefesa da UE e o fortalecimento da coordenação e cooperação entre as cibercomunidades militares e civis. A política pretende também melhorar o processo de gestão de cibercrises, ajudando a reduzir a dependência da UE no que respeita a tecnologias críticas.
A política centra-se em torno de quatro pilares, que incluem uma variedade de iniciativas concebidas para ajudar a UE e os seus Estados-membros: "agir em conjunto com vista a uma capacidade de ciberdefesa mais forte"; "tornar o ecossistema de defesa mais seguro"; "investir nas capacidades de ciberdefesa"; "criar parcerias com vista a resolver desafios em comum".
Em conjunto com Josep Borrell, Alto Representante da UE para a Política Externa, a Comissão Europeia pretende depois apresentar ao Conselho da UE um relatório centrado em torno do progresso feito na implementação da política de ciberdefesa.
Recorde-se que, de acordo com recente relatório de defesa digital da Microsoft, o número de ataques informáticos promovidos por estados está a crescer, com a guerra híbrida da Rússia contra a Ucrânia a ser um dos fatores relevantes, embora existam também motivações comerciais e mais ataques destrutivos com origem no Irão e na Coreia do Norte.
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A eficácia dos ataques patrocinados por estados aumentou de 20% para 40% de taxa de sucesso. Esta taxa é justificada pelos avanços da Rússia na tentativa de destruição das infraestruturas críticas da Ucrânia e a espionagem aos países aliados, incluindo os Estados Unidos (55%), Reino Unido (8%), Canadá (3%), Alemanha (3%) e Suíça (2%).
De acordo com os dados, 90% dos ataques detetados no ano passado são provenientes da Rússia, tendo vidado os Estados-Membros da NATO. 48% desses ataques comprometeram empresas de TI com sede em países da NATO.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 14h06)
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