A pandemia de coronavírus não está a dar tréguas à população mundial e os governos têm avançado com algumas medidas drásticas no que diz respeito ao isolamento dos cidadãos. Apesar dos pedidos para ficar em casa, como principal arma contra o COVID-19, muitas pessoas ainda têm dificuldade em acatar as resoluções e as suas responsabilidades. De forma a ajudar as autoridades de saúde pública neste combate, a Google pretende partilhar os dados agregados do Google Maps, os mesmos que informam os utilizadores o quão ocupados estão certos locais, como medida de reforço ao isolamento.
Nesse sentido, a Google passa a publicar os chamados Relatórios de Mobilidade Comunitária COVID-19, relacionados a cada país de forma individual, com informações sobre o que mudou em resposta a trabalhar a partir de casa, o confinamento e outras medidas tomadas para combater a pandemia, é referido no blog da tecnológica. No entanto, a empresa garante que os relatórios pretendem ser úteis, mas respeitar os seus protocolos de privacidade.
Na realidade de Portugal, os dados de 29 de março mostram que houve um decréscimo de 83% da circulação da população geral em locais públicos como cafés, restaurantes, centros comerciais, museus e outros locais de lazer. Mesmo ao nível da procura de bens de primeira necessidade, a frequência em locais como as farmácias e supermercados desceu 59%. Apesar dos pedidos para ficar em casa, o acesso a locais públicos como praias, jardins e outros locais para “tomar ar”, desceu “apenas” 80%.
A descida das frequências nos locais públicos estão em linha com a menor utilização dos transportes públicos, que neste caso diminuiu 78%. Já no que diz respeito ao acesso ao local do trabalho, a população está mais ou menos dividida, registando um decréscimo de 53%. Já a mobilidade para os as habitações das pessoas cresceu 22%.
Na galeria em baixo poderá consultar estes mesmos dados para cada distrito de Portugal.
A Google explica que os relatórios utilizam dados agregados e anonimizados para mapear as tendências de mobilidade ao longo do tempo por região geográfica e nas diversas categorias mencionadas. A tecnológica vai apenas mencionar a percentagem, com acréscimos e decréscimos, e não números absolutos para proteger a privacidade. Da mesma forma que não será recolhida qualquer informação pessoal.
Inicialmente estão visados 131 países, mas o objetivo é divulgar relatórios a nível global, e sempre que possível, a nível regional, como acontece em Portugal. Essas informações podem ajudar as autoridades a tomar decisões sobre como gerir a pandemia tendo como base as mudanças nas viagens essenciais, moldando assim as recomendações sobre horários comerciais ou sobre as ofertas nos serviços de entrega. No mesmo sentido, os dados podem informar sobre a necessidade de reforçar transportes públicos em locais com maior afluência de pessoas para mitigar o risco de proximidade.
Os dados agregados e anonimizados dos utilizadores apenas são possíveis naqueles que têm o Histórico de Localização ativo, e que está desligado por definição. Aqueles que têm a funcionalidade ativa podem sempre desativá-lo na sua conta Google, e caso pretendam, apagar os seus dados de histórico de localização da sua linha cronológica.
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