Com a facilidade de acesso às chamadas telefónicas através do smartphone, sem distinção de tarifários entre redes fixas e móveis ou de operador, quantas famílias utilizam o telefone fixo? O certo é que a instalação continua em crescimento nos lares das famílias portuguesas, sobretudo à boleia das ofertas em pacote que integram o serviço de telefone fixo.

Os mais recentes dados da ANACOM apontam que 96% das famílias portuguesas têm telefone fixo, dados referentes ao quarto trimestre de 2024. Nos dados do regulador, a taxa de penetração dos acessos telefónicos principais foi de 51,9 acessos por 100 habitantes. Mas a taxa de penetração dos acessos instalados a pedido dos clientes residenciais foi de 95,7 por 100 agregados domésticos, um aumento de 0,5% face ao mesmo período homólogo do ano anterior.

A ANACOM contabiliza um acesso direto de 4,5 milhões de clientes, somando mais 26,6 mil que o trimestre homólogo de 2023, ou seja, mais 0,6%.

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Durante o período analisado, 93,8% dos acessos telefónicos já foram realizados em redes de nova geração, das quais se incluem FTTH, TV Cabo e redes móveis em local fixo, relativos a um aumento de 1,7% face ao ano passado. Já os acessos analógicos registam uma diminuição de 26,8%, sendo que atualmente apenas representam 3,4% do total.

Também foi registado uma quebra de 27,8% nos postos públicos instalados face a 2023, somando agora 7,2 mil. Como consequência, também o tráfego em minutos nos postos públicos caiu 14% e segundo a ANACOM, desde o segundo trimestre de 2016 teve uma quebra de 85,7%. O regulador justifica a queda pela troca das chamadas no telemóvel ou outras formas de comunicação com internet.

Sabe quanto tempo os portugueses falam ao telefone fixo? Nas contas do regulador, mensalmente são consumidos em média 36 minutos por acesso. Destes, 21 minutos são realizados entre telefones fixos, 8 minutos entre fixo e móvel e apenas 1 minuto em chamadas internacionais. As famílias estão a consumir menos 4 minutos em média por acesso, numa diminuição de 9,8%.

A MEO é a principal fornecedora do acesso direto, com 41,8%, seguindo-se a NOS com 34,1%, a Vodafone com 21,1% e a Digi/NOWO com 2,3%.