Os esquemas fraudulentos que prometem dinheiro fácil com investimento em criptomoedas são um problema sério no LinkedIn, admitiu um agente do FBI numa entrevista à CNBC. O responsável por uma equipa que tem investigado estes casos e seguido o rasto aos criminosos, garante que "este tipo de atividade fraudulenta é significativo. Há muitas vítimas potenciais, houve muitas vítimas no passado e muitas outras atuais".
Para chegar às vítimas, os burlões normalmente criam um perfil falso de aspeto credível e começam a interagir com o alvo através de mensagens, falando sobre o tema. Disponibilizam-se para ajudar as vítimas a ganharem dinheiro com investimento em moedas digitais em plataformas credíveis. A relação à distância pode durar meses, como revelam as entrevistas feitas a alguns burlados pela CNBC. Quando a confiança da vítima é conquistada aparece a sugestão de passar a investir numa plataforma diferente. O site é controlado pelo burlão, que então desvia os fundos investidos e desaparece sem deixar rasto.
Na reportagem sobre o tema, a CNBC conta que foi convidada a participar recentemente num encontro de um grupo de vítimas deste tipo de esquemas no LinkedIn, onde estavam burlados com prejuízos entre os 200 mil e 1,6 milhões de dólares.
O FBI assegura que os múltiplos esquemas deste género, que usam a rede social profissional para se disseminar, são bem trabalhados e estão em constante atualização para manterem a eficácia.
O LinkedIn já comentou a informação e garante que tem desenvolvido todos os esforços para combater este tipo de esquemas. Numa declaração enviada à CNBC, a empresa sublinhou que trabalha todos os dias para manter os membros seguros, um trabalho que passa pelo investimento em sistemas automáticos e manuais de deteção de fraude, informação e contas falsas.
Ainda assim, Oscar Rodriguez, diretor sénior de de privacidade da empresa admite que “tentar identificar o que é falso e o que não é incrivelmente difícil" e defende que um dos caminhos para ganhar eficácia nesta matéria é formar os utilizadores, para que possam estar mais alerta.
No ano passado, o LinkedIn removeu mais de 32 milhões de contas falsas da plataforma e entre julho e dezembro os seus sistemas automáticos de defesa conseguiram bloquear 96% das contas falsas identificadas. Os utilizadores da plataforma também têm um papel importante neste combate. No ano passado, reportaram 127 mil contas falsas, que também foram removidas da plataforma, segundo dados divulgados pela empresa.
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