À medida que as tecnológicas estrangeiras aplicam medidas sancionatórias e saem da Rússia devido à invasão da Ucrânia, as empresas russas estão a procurar novas oportunidades de crescimento no seu país.
Como avança a Reuters, embora não exista uma política direta no que toca à substituição de plataformas digitais ocidentais, o governo do país está a incentivar o uso de alternativas russas. Às empresas tecnológicas nacionais, o governo russo promete também benefícios fiscais e os seus funcionários podem ver o seu serviço militar adiado.
O “êxodo digital” terá aberto a porta a plataformas como a VK, vista por muitos como a alternativa russa ao Facebook, que lidera a corrida. De acordo com dados da plataforma, estima-se que a rede social tenha, em média, mais de 50 milhões de utilizadores diários ativos, chegando a 80% do público online mensal do país.
Segundo a VK, em março, foram criadas mais de 585.000 comunidades em torno de negócios. Segundo dados da Brand Analytics, a atividade por parte dos utilizadores estabeleceu um novo recorde, numa subida de 11% entre 24 de fevereiro, data em que a Rússia invadiu a Ucrânia, e 24 de março.
O volume de conteúdos em russo publicados no Twitter, Facebook e Instagram desceu 5%, 16% e 30%, respetivamente, durante o mesmo período.
O governo russo, que tem vindo também a promover a utilização do Telegram no país, poderá estar a desempenhar um papel no futuro das tecnológicas do país através de uma série de investimentos que envolvem a Gazprom e a sua área de media. Além controlar a VK, a empresa estatal também é dona do RuTube, a alterativa russa ao YouTube.
Segundo dados da plataforma, o RuTube contava cm 17,7 milhões de utilizadores mensais no final de dezembro do ano passado. Por comparação, em janeiro de 2022, o YouTube contava com 89,5 milhões de utilizadores mensais na Rússia.
Para lá da VK e do RuTube, têm sido lançadas outras alternativas russas a redes sociais e plataformas digitais. A Yappy, por exemplo, apresenta-se como uma alternativa ao TikTok, contando com perto de 3,2 milhões de utilizadores no país, de acordo com estimativas da Sensor Tower.
Recorde-se que o governo russo já restringiu o acesso a redes sociais como o Facebook e Instagram, acusadas de desenvolverem “atividades extremistas”, assim como ao Twitter. Acredita-se que o YouTube poderá também ser bloqueado, com o senador russo Alexei Pushkov a acusar a plataforma de vídeos da Google de "estar em guerra" com as autoridades e a sociedade da Rússia.
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