O TikTok tem estado “sob fogo” à medida que crescem as preocupações acerca da partilha de dados dos utilizadores da rede social, que tem como dona a chinesa ByteDance, com o governo chinês. Os Estados Unidos querem leis mais rígidas para bloquear a app, assim como outras tecnologias desenvolvidas fora do país, e a China já se posicionou contra os possíveis bloqueios.

Mao Ning, porta-voz do ministério dos negócios exteriores da China, defende que os Estados Unidos estão a tentar privar o país do direito de desenvolverem tecnologias, de modo a perpetuarem a sua hegemonia, avança a Reuters.

No final de fevereiro, quando os Estados Unidos deram 30 dias aos funcionários de agências federais para eliminarem o TikTok dos seus equipamentos, a China manifestou-se contra a decisão. Como avançou a agência noticiosa, a China acusou os Estados Unidos de exagerarem o conceito de segurança nacional e de abusarem do seu poder para reprimir empresas estrangeiras.

Estados Unidos querem leis mais rígidas para bloquear TikTok e outras tecnologias desenvolvidas fora do país
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Recorde-se que a proposta dos senadores Mark Warner e John Thune, que deverá ser apresentada esta semana, quer apertar ainda mais o cerco às tecnologias desenvolvidas fora dos Estados Unidos que possam ser um risco para a segurança dos dados dos cidadãos, dando ao governo o poder de banir produtos como o TikTok.

Para lá dos Estados Unidos, também o governo do Canadá proibiu os funcionários federais de utilizarem o TikTok em equipamentos oficiais, defendendo que a app representa um risco para a sua segurança e privacidade.

Ainda antes, a Comissão Europeia proibiu a aplicação nos smartphones dos funcionários, numa decisão que também foi aplicada pelo Conselho da União Europeia e, mais recentemente, pelo Parlamento Europeu, pelo Comité das Regiões e pelo Conselho Económico Social.