Primeiro foi Brian Acton, um dos fundadores do WhatsApp, que pediu, através do Twitter, que os utilizadores apagassem os seus perfis no Facebook, popularizando a hashtag #deletefacebook; agora é a Mozilla que lança uma petição a exigir à rede social que mude as definições para que algo do género não volte a acontecer.
A verdade é que a polémica está instalada e a credibilidade da rede muito provavelmente abalada. Para sempre?
Mark Zuckerberg está a braços com a possibilidade de a britânica Cambridge Analytica ter acedido a dados de mais de 50 milhões de perfis da rede social... sem ser suposto. A informação em questão terá sido obtida pela consultora em 2014 e usada, segundo revelaram no sábado os jornais The London Observer e The New York Times, para criar um programa informático de propaganda destinado a influenciar os resultados de referendos e eleições, nomeadamente a de Donald Trump para as presidenciais dos Estados Unidos.
Ao longo destes dias, o caso já levou ao afastamento do cargo do presidente executivo da Cambridge Analytica, Alexander Nix, e já deu origem à abertura de uma investigação por parte da Comissão Federal do Comércio dos EUA. O Parlamento britânico também já veio exigir explicações a Mark Zuckerberg, querendo ouvir do responsável dados corretos sobre o que considera uma “falha catastrófica”, defendeu o deputado Damian Collins, presidente da Comissão de Cultura, Media e Assuntos Digitais da Câmara dos Comuns.
Por parte da rede social ainda não houve nenhuma declaração oficial, exceto para afirmar que a equipa está a investigar o sucedido, inclusive se alguns dos responsáveis das suas unidades de pesquisa sabiam da existência da fuga de informação que fez com que a Cambridge Analytica, contratada para fazer a campanha de Donald Trump e que também esteve envolvida na campanha pelo Brexit, tivesse acesso a tais dados.
O caso também já teve consequências financeiras, com o Facebook a perder mais de 64 mil milhões de dólares em bolsa em apenas dois dias.
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