O problema da desinformação, ou fake news, não é novo e tem sido uma preocupação de várias organizações que procuram formas de limitar a disseminação de informação falsa, e também de ajudar os utilizadores a distinguir o que são as fontes crediveis. É nestas duas áreas que a Google está a trabalhar, como explicou hoje Helena Martins, responsável pelas políticas públicas da Google em Portugal, num encontro com a imprensa.
"O combate à desinformação é um desafio de toda a sociedade", defendeu Helena Martins, destacando a capacidade que qualquer utilizador tem hoje de criar e divulgar conteúdo mas também a responsabilidade de denunciar informação falsa e de estar atento para verificar a credibilidade antes de partilhar. "Contamos com a colaboração dos utilizadores para reportar resultados estranhos", adiantou, lembrando porém que a remoção de conteúdos não é imediata e estes comentários são depois analisados por uma equipa de "humanos" que entendem a língua e o contexto e não apenas de algoritmos.
A Google está a trabalhar numa série de ferramentas que pretende que sejam úteis para informar os eleitores, apoiar as campanhas e proteger o processo eleitoral. Algumas destas ferramentas vão ser disponibilizadas nas próximas semanas e incluem um painel de conhecimento que vai acompanhar as pesquisas no motor de busca, informação adicional no YouTube sobre os conteúdos fiáveis e um novo relatório de transparência para eleições. Há ainda um programa de proteção avançada para as plataformas online dos grupos mais vulneráveis, onde a Google inclui os jornalistas, responsáveis eleitorais e ativistas dos direitos humanos.
O Google News vai ter também um separador dedicado às Eleições Europeias 2019, uma das medidas com as quais a empresa se comprometeu neste combate à desinformação. O apoio a iniciativas de fact checking e a projetos de data journalism, no âmbito da Digital News Innitiative, fazem também parte da estratégia da Google nesta área.
Nota da Redação: foi feita uma correção na notícia.
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