Em setembro a Uber aceitou pagar nos Estados Unidos uma multa recorde por violação de dados (data breach), fazendo um acordo que abrangeu os 50 estados e o distrito de Columbia e pagando 148 milhões de dólares, mas a plataforma de transportes continua na mira das autoridades europeias.
Depois de uma falha de segurança que levou à divulgação de dados de mais de 57 milhões de clientes, a Uber começa agora a pagar as multas que foram impostas pelo Reino Unido e a Holanda, mas mais podem seguir-se nesta lista.
Ontem foi conhecida a multa imposta no Reino Unido que está relacionada com uma fuga de dados de 2,7 milhões de clientes britânicos, na sequência de um ataque informático em 2016. O gabinete de informação do Reino Unido considera que a fuga de informação podia ter sido evitada e que a empresa mostrou não ter em atenção os direitos dos utilizadores ao ocultar a informação e pagar aos hackers para evitar mais danos.
No âmbito deste processo os emails, moradas e dados de localização de clientes e de mais de 82 mil condutores, incluindo o valor que recebiam, foram divulgados, o que é considerada já uma das maiores fugas de informação do género.
A autoridade britânica aplicou uma multa de 385 mil libras à Uber mas o valor poderia ter sido muito mais elevado se o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados já estivessem em vigor, já que as multas podem chegar a 4% da faturação global da empresa.
Na Holanda o valor foi mesmo mais alto, e foi fixado em 600 mil euros pela Autoridade de Proteção de Dados, que invocou a não notificação da fuga de dados no prazo de 72 hora que está ainda previsto. No país a fuga de dados afetou 174 mil utilizadores.
O ataque informático que originou esta série de multas foi registado em outubro de 2016 e a Uber optou por não revelar o incidente, tentando encobri-lo. No seguimento do ataque, que foi feito com recurso a ransomware, a Uber fez um pagamento de 100 mil dólares aos seus hackers, procurando impedir a publicação dos dados online.
Em comunicado, Dara Khosrowshahi, CEO da tecnológica, afirmou na altura que "nada disto devia ter acontecido e nós não vamos inventar quaisquer desculpas para o justificar". "Estamos a mudar a forma como trabalhamos", conclui.
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