Já existem bons exemplos de utilização de dados abertos nos municípios portugueses mas esta é uma lógica que é preciso aprofundar. A ideia foi partilhada por vários autarcas na conferência Portugal Smart Cities Summit, que consideram que a gestão da informação e o acesso a informação de gestão estão entre os principais desafios das smart cities.
Ricardo Costa, vereador da cidade de Guimarães, deu um exemplo prático sobre a forma como as cidades podem usar a informação de gestão e fazer a gestão da informação para sustentar decisões mais inteligentes. “Os dados são o novo petróleo mas a inteligência está na gestão que fazemos […] com esses dados posso ter acesso ao número de pessoas que trabalham num pólo tecnológico, saber qual a sua origem e pendularidade, e isso é importante para tomarmos decisões em benefício de todos”, refere.
A cidade de Lisboa tem também já uma aposta importante na política de dados abertos, que Fernando Medina classificou como um dos projetos mais importantes da CML e que está a criar uma rede de parceiros nesta área, de forma a que jovens, investigadores, empresas e comunidade possam usar o repositório de informação de que o município dispõe para produzir soluções.
Defensor da importância de dados abertos, António Almeida Henriques, vice presidente da Associação Nacional de Municípios, acredita que a visão deve ser alargada, e não apenas ao nível de uma cidade. “Os dados abertos devem ser desígnio dos municípios, que devem avançar numa lógica de rede”, refere, adiantando que é preciso falarmos com todos para termos repositórios comuns de informação que possa ser aplicada para o desenvolvimento das cidades.
A conferência Portugal Smart Cities Summit está a decorrer no Centro de Congressos de Lisboa de 11 a 13 de Abril, contando com a representação da larga maioria dos municípios portugueses mas também de várias empresas tecnológicas e de cerca de 70 startups com soluções nesta área.
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