A NASA pretende regressar à Lua até 2024, e os detalhes começam a surgir, tendo em conta que a Agência Espacial Americana tem agora empresas do sector privado a alavancar a próxima grande corrida espacial. Um dos objetivos da NASA é levar a primeira mulher a pisar o solo lunar, e nesse sentido, batizou oficialmente a missão de Ártemis.
Ártemis é a deusa da Lua e também irmã-gémea de Apolo (nome da missão que colocou os homens na Lua nas décadas de 1960/70), e por isso tudo se conjuga para a nova e ambiciosa campanha espacial. “Penso que seja muito bonito que 50 anos depois do programa Apolo, a missão Ártemis possa transportar os próximos homens e a primeira mulher à Lua”, refere o administrador da NASA, Jim Bridenstine, citando pelo The Verge, destacando que quer que a sua filha de 11 anos se sinta no mesmo papel que as próximas mulheres que vão à Lua.
A administração de Donald Trump tem no seu programa o regresso à Lua, como ponto de partida para a corrida a Marte. E o próprio presidente dos Estados Unidos não se faz rogado em “mimar” a agência espacial, tendo-lhe concedido “de mão beijada” 1,6 mil milhões de dólares adicionais para acelerar o programa espacial e cumprir o objetivo de regressar à Lua dentro dos próximos cinco anos.
No entanto, apesar da vontade e Donald Trump, esse orçamento adicional ainda terá de ser aprovado pelo Congresso. Relativamente aos detalhes do budget, a NASA refere que 651 milhões de dólares são para acelerarem o desenvolvimento de veículos que a própria agência tem estado a trabalhar, como o foguetão chamado Space Launch System (SLS) e a cápsula para a tripulação batizada de Orion. Os testes de voo para arrancam em 2020.
Já os restantes mil milhões de dólares destinam-se ao início da construção de um veículo lunar para o transporte dos astronautas. Um dos projetos da NASA é construir uma base espacial em torno da Lua chamada Gateway. Esta servirá para abrigar os astronautas e uso para treino. Esta base pretende ser modular, com casernas, geradores de energia e propulsão. A construção da Gateway estava prevista no primeiro orçamento concedido de 824 milhões de dólares, mas a NASA retificou agora o valor, descartando 321 milhões de dólares, ao optar por uma versão menos ambiciosa da base espacial.
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