A invasão na Ucrânia tem também uma face de conflito digital, que começou ainda em janeiro com ciberataques a vários sites e infraestruturas informáticas, que foram ligadas à Rússia. Ontem também os sites do Kremlin terão sido atacados e horas depois o grupo hacker Anonymous declarou guerra cibernética contra a Rússia.

A declaração foi feita na conta oficial do coletivo no Twitter, onde o grupo deixou uma mensagem curta e clara: “O coletivo Anonymous está oficialmente em guerra cibernética contra o governo russo”.

Cerca de uma hora depois do primeiro aviso, os Anonymous voltaram a usar as redes sociais para reivindicar a responsabilidade de um ataque informático à rede de televisão estatal russa, a RT News.

A conta do coletivo de hackers, muito ligado a iniciativas ativistas, tem estado a divulgar informação sobre a invasão russa à Ucrânia, que teve início ontem de madrugada e que está a afetar também o sector tecnológico do país.

O bloqueio do acesso à tecnologia e mercados faz parte das sanções impostas pela União Europeia à Rússia na sequência da escalada do conflito, e ontem também Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, deixou bem claro que este movimento está a ser levado muito a sério.

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Um ataque informático de larga escala à Ucrânia pode ter um impacto global, como adiantaram especialistas em cibersegurança, mas a Rússia pode também ser alvo do mesmo tipo de atuação.

A NBC News dizia ontem que o presidente Joe Biden tem à sua disposição um "menu de opções" para que os Estados Unidos lancem um ciberataque massivo para bloquear a capacidade da Rússia manter as suas operações militares na Ucrânia, uma informação que terá sido avançada por várias fontes da televisão.

Segundo as mesmas fontes, que serão responsáveis de informação nos EUA e na Europa, ainda não foi tomada nenhuma decisão mas está em cima da mesa a utilização das ciberarmas a "uma escala nunca antes contemplada".

Entre as opções estão a possibilidade de perturbar as ligações internet, desligar os serviços de eletricidade, atacar as infraestruturas de comboios para impedir a Rússia de fornecer mantimentos e outros suplementos às tropas no terreno.

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