
Na vila irlandesa de Greystones, as crianças terão de esperar até aos 13 anos de idade para ter o seu primeiro smartphone, depois de um grupo de pais ter decidido a favor de uma proibição voluntária. A decisão foi tomada com vista a reduzir os níveis de ansiedade nas crianças da região e limitar a exposição a conteúdos violentos e/ou de natureza sexual.
Escreve o The Guardian que as associações de pais de Greystones podem decidir implementar esta medida que foi desenhada para ser aplicada nas escolas e nos domicílios e todas as oito votaram favoravelmente.
Nem todos os pais aceitaram participar, mas Laura Bourne, mãe de uma criança que frequenta uma escola primária da vila, acredita que "se a maioria o fizer, torna-se bastante mais fácil dizer que não" quando um miúdo pede um smartphone ou tablet. "Quando mais tempo conseguirmos preservar a sua inocência, melhor", disse, em conversa com o jornal britânico.
Jane Capatina, de 10 anos de idade, confessa que gostava de ter um smartphone para "trocar mensagens com os amigos", mas afirma "que não quer ficar viciada".
Este não é o único exemplo do género. Na Índia, existe uma vila onde nenhuma criança com menos de 18 anos pode possuir um smartphone, estando previstas multas a aplicar aos incumpridores. Uma outra vila do país decidiu implementar um detox digital diário que é transversal a todas as idades, entre as 19h00 e as 20h30.
O impacto que os smartphones têm nas crianças tem motivado preocupações, numa altura que os estudos se tornam mais conclusivos acerca do seu efeito. De acordo com o norte-americano National Institutes of Health, as crianças que passam mais de duas horas por dia diante de um ecrã, tendem a obter aproveitamento inferior em testes de raciocínio e linguagem.
Em Portugal foi lançada uma petição para rever o uso de smartphones nos recreios a partir do 2º ciclo. A petição Viver o recreio escolar, sem ecrãs de smartphones! já recebeu mais de 8 mil assinaturas.
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