Tendo em vista o programa de digitalização das escolas, dentro do Plano de Ação para a Transição Digital, a Direção-Geral da Educação solicitou à Universidade de Aveiro encomendou à Universidade de Aveiro um estudo sobre o nível das competências digitais dos professores do ensino básico e secundário da rede de escolas públicas nacionais. O estudo teve como base um questionário com o objetivo de identificar a proficiência geral dos professores, tendo em conta a faixa etária e tempo de serviço.
Na sua conclusão principal, o relatório afirma que as competências dos professores são consideradas baixas. A ferramenta utilizada DigCompEdu diz que o nível B2 Especialista é colocado como alicerce para a transformação digital e de utilização crítica e eficaz de tecnologias digitais. No caso dos testes feitos aos professores, o seu nível médio alcançado corresponde ao B1 Integrador, descrito como utilização e integração de tecnologias digitais de forma pouco consistente.
Neste nível registado, os professores precisam de apoio para melhorar a sua compreensão sobre quais ferramentas funcionam melhor e em que situações da sua atividade profissional devem ser utilizadas nos métodos e estratégias pedagógicas.
Veja na galeria imagens dos quadros estatísticos das competências digitais dos professores:
O relatório explica que as conclusões se aplicam a todas as áreas de competência, salientando que existem oportunidades para melhorar a utilização das tecnologias, seja para interagir profissionalmente, assim como criar e adaptar os recursos educativos. Também podem ajudar a melhorar e reforçar as práticas de ensino e aprendizagem, além de diversificar as abordagens de avaliação dos alunos. Da mesma forma, uma maior capacidade digital dos professores significa também como melhor promoção da capacitação e competências dos seus alunos.
No estudo publicado, relativamente aos níveis de proficiência por faixa etária, os níveis mais baixos registam-se no grupo de professores com mais idade. Dos professores com mais de 60 anos, quase 40% estão nos níveis A, sendo o dobro do que acontece nas duas primeiras faixas etárias (menos de 25 anos e 25-29 anos).
Relativamente ao tempo de serviço, o estudo indica que há melhorias ligeiras quanto mais anos de experiência têm os professores. A principal diferença é visível entre o intervalo de 11-15 anos e com mais de 26 anos de experiência, que se materializa na distribuição dos níveis A de proficiência. No intervalo com mais de 26 anos de serviço inclui mais 10% de professores do nível A do que no intervalo de 11-15.
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