Cerca de 8% das empresas portuguesas depararam-se com problemas de cibersegurança, como falhas em serviços informáticos, corrupção ou acesso indevido a dados em 2018. Os dados constam de um relatório do Eurostat, publicado esta segunda-feira, e que resulta de um inquérito a 160 mil empresas europeias com 10 ou mais colaboradores. Outro sinal positivo é o facto de Portugal ser o país onde mais empresas apostam em pelo menos uma medida prevenção. Mas, na hora de capacitar os colaboradores sobre cibersegurança, as empresas nacionais ficam abaixo da medida europeia.
Abrangendo empresas com colaboradores de diferentes áreas, como a produção, informação, comunicação e imobiliário, o relatório de cibersegurança relativo às medidas de segurança por elas adotadas não clarifica quantas empresas foram ouvidas em Portugal. Ainda assim, os dados indicam que 98% das empresas nacionais usam pelo menos uma medida de cibersegurança, valores mais altos do que em Espanha e em França, que tiveram com percentagens a rondar os 92% e os 94%, respetivamente. A média europeia foi de 93%.
No entanto, quando se fala de ter na sua posse documentos sobre as medidas, as práticas e os procedimentos em cibersegurança, a posição de Portugal não é tão favorável, com apenas 28% das empresas a enquadrarem-se nesta categoria. Dinamarca é o país com a percentagem mais elevada, 56%.
O mesmo acontece no que diz respeito a capacitar os colaboradores sobre normas de cibersegurança. 54% das empresas nacionais admitem fazê-lo, valores que contrastam com casos como a Dinamarca, Itália e o Reino Unido que rondam os 70%. Ainda assim, a média europeia é de 62%.
No que diz respeito a ter experienciado problemas de cibersegurança em 2018, Portugal só fica atrás do Reino Unido, numa "luta" renhida entre 6% e 8%. E na hora de resolver estes problemas apenas 10% das empresas nacionais terão direito a uma ajuda de seguros, valores muito reduzidos quando comparados com o caso dinamarquês (56%) e do Reino Unido (46%).
A notícia surge no mesmo dia em que uma investigação da Kaspersky revela que Portugal foi o terceiro país mais afetado pelo malware RevengeHotels. A campanha maliciosa tinha como objetivo roubar dados de cartões de crédito armazenados em sistemas de reserva de hotéis e de agências de viagens online e, de acordo com os especialistas da empresa de segurança, o maior número de ataques foi registado no Brasil, ultrapassando mais de mil vítimas, seguindo-se os Estados Unidos com cerca de 60 casos identificados.
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