A notícia, avançada pelo El País, indica que a cidade planeia, numa primeira fase, substituir todas as suas aplicações por alternativas de código aberto. Por exemplo, o Office será substituído pelo Open Office. Para isso, irá investir cerca de 70% do seu orçamento.
O passo seguinte é a transição total para Linux, sendo o sistema Ubuntu apontado como o escolhido, uma vez que Barcelona já tem um projeto piloto de 1.000 computadores baseado neste sistema operativo.
Para efetivar essa mudança, a cidade espanhola vai contratar 65 programadores para criar software à medida das suas necessidades, com o desenvolvimento de um mercado digital (uma plataforma online), que as pequenas empresas vão usar para participarem em concursos públicos, a ser um dos principais projetos.
Barcelona adere assim à campanha europeia "Dinheiro público, código público”, uma iniciativa da Free Software Foundation Europeia que defende que o software financiado publicamente deve ser gratuito. Esta iniciativa é apoiada por mais de 15.000 pessoas e mais de 100 organizações.
Recorde-se que, também a cidade de Munique, em 2003, terá optado por usar software open source, preferindo utilizar uma distribuição própria de Linux em vez de instalar Windows nos computadores dos trabalhadores.
A administração bávara terá poupado perto de 11 milhões de euros com esta escolha, no entanto, os responsáveis pela cidade alemã alegaram que há aplicações cruciais que precisam do sistema operativo da Microsoft para trabalharem, pelo que manter as duas plataformas a funcionar não era economicamente viável.
Assim, o município de Munique vai substituir o Linux e o LibreOffice pelo Windows 10 em aproximadamente 29 mil computadores, a partir de 2020, estando igualmente a ser preparado um programa piloto que envolve a instalação do Office 2016 em máquinas virtuais.
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