A ARM estará a preparar-se para desenvolver um chip em nome próprio, baseado na tecnologia que tem vindo a licenciar para fabricantes de computadores como a Apple e outros. A notícia foi avançada este fim-de-semana pelo Financial Times.
Segundo o jornal, a marca de origem britânica não tem planos para vender nem licenciar o produto que se prepara para desenvolver. O objetivo é criar um protótipo que ilustre as características da tecnologia produzida pela empresa e licenciada para terceiros, num ano em que se prevê que venha a dispersar capital em bolsa. O produção deste protótipo será uma via para atrair novos clientes e atenção para o IPO.
A criação do novo chip vai ser feita com parceiros, que ficam responsáveis pelo fabrico, segundo as fontes contactadas pelo FT, que também asseguram que o semicondutor integra a tecnologia mais avançada de sempre, alguma vez desenvolvida pela ARM.
Para conduzir o protótipo, que estará em marcha há cerca de seis meses, a empresa terá já formado uma nova equipa de soluções de engenharia. O semicondutor vai servir para portáteis, dispositivos móveis e outros equipamentos eletrónicos.
Um estudo recente da Counterpoint estimou que a arquitetura ARM pode estar em 25% dos portáteis vendidos já em 2027. Por enquanto, a tecnologia da empresa britânica, detida pelos japoneses do Softbank, tem uma quota de 14%, com a Apple a contribuir para 90% deste número.
A empresa de estudos de mercado detalhou também um conjunto de diferenças entre as arquiteturas ARM e x86, que têm vindo a transformar-se em vantagens competitivas para a empresa de origem britânica.
Sublinha-se nesta análise, a capacidade dos computadores ARM para responder tanto às necessidades de uma utilização do dia-a-dia, como de ambientes profissionais, ao contrário dos processadores x86 que são desenhados para um uso geral.
Outras vantagens apontadas aos SoCs ARM dizem respeito ao consumo energético e à maior eficiência térmica. Também são destacadas as capacidades de Inteligência Artificial integradas, que fazem a diferença em equipamentos onde a duração da bateria é crucial, como portáteis ou telemóveis.
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