Acabam de passar 10 anos desde que o PROBA2, desenvolvido pela ESA, foi lançado a bordo de um foguetão Rockot e colocado numa órbita sincronizada com o Sol à volta da Terra – na chamada linha do “crepúsculo-amanhecer”.
Partiu da base de lançamento russa em Plesetsk, a 2 de novembro de 2009, carregando 17 novos dispositivos, instrumentos científicos e experiências tecnológicas, com a missão de “vigiar” o astro rei, observando os eventos solares que possam ter impacto na Terra.
Tem consigo duas ferramentas de observação principais: a SWAP e o LYRA. Com a primeira, uma câmara com um campo de visão alargado, consegue registar as estruturas em redor dos limites do Sol, como "enormes explosões de matéria quente conhecidas como ejeções de massa coronal, explosões repentinas que libertam clarões enormes, além de 'buracos coronais' sinistros, regiões escuras e sombrias que apresentam ventos solares de movimento rápido", explica a ESA.
No caso da LYRA, está encarregue de monitorizar a saída de raios ultravioleta do Sol, sendo capaz de fazer até 100 medições por segundo. Tal índice significa que esta ferramenta pode fazer análises detalhadas de eventos "transitórios" em movimento rápido, como as explosões solares.
Foram estes instrumentos que possibilitaram a “construção” de uma imagem do polo norte do Sol, feita a partir de várias imagens e de outros dados de observação, revelada em dezembro de 2018.
Depois de uma década de monitorização, em 2020 o PROBA2 vai entrar numa fase ainda mais importante da sua missão, ao completar todo um ciclo solar (normalmente de 11 anos).
A Agência Espacial Europeia refere que um dos muitos mistérios do Astro-Rei é o facto da sua atividade aumentar e diminuir de 11 em 11 anos. De um ciclo para o outro, a atividade solar pode variar entre períodos de “labareda desenfreada” com múltiplos eventos diários, nas fases de máximo solar, a semanas em que o Sol não regista explosões ou quaisquer outras “manchas”, nas fases de mínimo solar.
Ao completar um ciclo inteiro, o PROBA2 poderá obter uma análise da evolução do Sol a longo prazo e comparar o atual período de mínimo solar com o anterior, ao mesmo tempo que se prepara para quando o Astro-rei “acordar” novamente, em 2024/2025, indica a ESA.
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