"Não lançamos [a Artemis I] enquanto não estiver tudo certo", afirmou Bill Nelson, administrador da NASA, depois da confirmação de que não existiam condições para o lançamento da missão não tripulada que é o primeiro passo para o regresso do Homem à Lua depois de mais de 50 anos.
As últimas horas foram de expectativa depois da contagem decrescente ter sido suspensa a 40 minutos da hora definida para o lançamento do foguetão SLS que leva a bordo a nave Orion. O SAPO TEK esteve a acompanhar os desenvolvimentos da missão ao minuto, e foi dando conta do evoluir dos testes e das análises que foram realizadas pelos engenheiros antes de finalmente se ter desistido do lançamento.
Estava tudo pronto para ser o início de um dia histórico mas já não é a primeira vez que a NASA tem de cancelar missões, e isso já aconteceu também com a Artemis, precisamente devido a uma fuga de combustível identificada.
Veja as imagens da missão Artemis I
A transmissão ao vivo do lançamento foi várias vezes suspensa, depois da contagem decrescente ter sido interrompida 40 minutos antes da hora (T-40 como a NASA refere), mas já depois da confirmação de que a Artemis I não é lançada hoje o administrador a NASA, Bill Nelson, veio às câmaras comentar o facto.
"Não podemos ir, há guidelines a seguir", afirmou, lembrando que este caso ilustra o facto de que "esta é uma máquina e um sistema muito complexo, tudo tem de funcionar". Bill Nelson afirmou ainda que "não queremos acender a vela antes da hora certa" e recordou que já passou por outras experiências semelhantes.
Numa fase inicial, os engenheiros localizaram uma fuga de hidrogénio que ocorreu no mesmo local em que surgiram infiltrações durante um teste de contagem decrescente na Primavera. Ao detetarem a fuga, os controladores de lançamento interromperam a operação de abastecimento, que, na altura, já estava atrasada uma hora devido a trovoadas no mar.
O processo foi retomado lentamente para verificar se a fuga de hidrogénio colocaria em causa o lançamento, o que, a acontecer, poderia pôr fim à contagem decrescente. Segundo a NASA, a fuga foi analisada pelos especialistas, que, após a resolução do problema, e de terem verificado que a situação não ultrapassava os limites do que é considerado aceitável, retomaram de seguida o processo interrompido.
No entanto, depois da fuga de hidrogénio, os engenheiros depararam-se com novos problemas, desta vez, no terceiro dos motores do SLS. Além da fuga neste motor, que impede que atinja a temperatura correta para dar início ao processo de ignição, foi detetada uma fissura no material de proteção térmica de um dos componentes do estágio principal.
A NASA garante que o foguetão SLS e a nave Orion não correm riscos e estão numa configuração estável, aguardando as próximas janelas de lançamento, definidas para 2 e 5 de setembro.
A missão de órbita lunar tem uma duração prevista de seis semanas. Depois da missão Artemis I, a NASA espera em 2024 levar astronautas para a órbita da Lua (Artemis II) em 2024, e para a sua superfície (Artemis III) no final de 2025. A NASA já identificou 13 locais com potencial para "alunar".
A partida para estas missões lunares ou para Marte será feita de uma estação espacial a instalar na órbita da Lua, a Gateway. Apenas astronautas norte-americanos, 12 ao todo, estiveram na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, no âmbito do programa Apollo.
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