De acordo com novos dados da Agência Internacional da Energia (IEA na sigla em inglês), as medidas de confinamento tomadas um pouco por todo o mundo devido à pandemia de COVID-19 resultaram numa diminuição de 10% das emissões de metano em 2020.
O relatório da IEA detalha que o decréscimo pode ser atribuído principalmente à redução na produção das empresas petrolíferas e de gás. No entanto, a Agência explica que, no ano passado, as operações das empresas em questão resultaram na emissão de 70 milhões de toneladas de metano para a atmosfera.
No que toca à produção de combustíveis fósseis, a indústria petrolífera é responsável por cerca de 40% das emissões de metano atuais, com os restantes 60% a originarem em fugas ao longo da cadeia de distribuição de gás natural. A IEA indica que a intensidade das emissões de metano varia entre os países produtores de petróleo e gás. Os dados relativos a 2020 demonstram que a Rússia lidera o “pódio” de países com maiores emissões, seguindo-se os Estados Unidos e o Irão.
Assim como as emissões de dióxido de carbono, as de metano também estão associadas ao processo de aquecimento global. Embora exista em menor quantidade na atmosfera, o metano é capaz de reter mais energia.
Considerando que uma tonelada de metano é equivalente a 30 toneladas de dióxido de carbono, a IEA indica que as emissões da indústria petrolífera e do gás em 2020 equivalem à totalidade da pegada carbónica da União Europeia no mesmo ano.
A Agência alerta para a possibilidade de as emissões aumentarem assim que a produção de combustíveis fosseis voltar à “normalidade” e apela às empresas para tomarem medidas mais adequadas para gerir a situação, incluindo reparar as fugas nos oleodutos ou gasodutos. Ao todo, para conseguir chegar a um cenário de desenvolvimento sustentável, o setor precisa de reduzir as suas emissões em mais de 70% até 2030.
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