Com as temperaturas a subirem, Portugal está a ser novamente afetado por incêndios florestais. O incêndio em Odemira, que deflagrou no dia 5 de agosto, é um dos pontos críticos e imagens captadas por satélites da rede europeia Copernicus mostram a extensão dos estragos vistos a partir do Espaço.
Uma imagem partilhada pelo serviço europeu através do Twitter (agora X), captada pelo satélite Sentinel-2 no dia 7 de agosto, mostra a dimensão do incêndio, à medida que mais de 800 bombeiros lutam para extinguir as chamas.
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Hoje o Copernicus Emergency Management Service partilhou uma imagem que permite ver os pontos de maior intensidade detectados pelo sistema europeu de informação sobre fogos (EFFIS, na sigla em inglês) ao longo das últimas 24 horas.
De acordo com informação avançada pela página À Punt Oratge na mesma rede social, satélites Copernicus também conseguiram captar uma pluma de fumo causada pelos incêndios em Odemira, como pode observar na publicação que se segue.
Citado pela agência Lusa, André Fernandes, comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, afirmou que hoje há “três ocorrências significativas” de incêndios, em Odemira, Cinfães e Mangualde.
Como detalhado pelo responsável num briefing da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) à comunicação social, estão ativos os planos municipais de emergência em Castelo Branco, Proença-a-Nova e Odemira.
No caso do incêndio de Odemira, 20 povoações foram evacuadas, além de um parque de campismo, com 1.424 pessoas a serem retiradas das zonas mais perigosas, avança a CNN Portugal.
Segundo André Fernandes, o fogo em Odemira terá atingido uma área de cerca de 7 mil hectares, sendo esta uma zona “caracterizada por extensas áreas de pinhal e povoamentos mistos”, o que torna o combate às chamas mais complicado.
O comandante Nacional de Emergência avança que desde o início de agosto que se tem registado uma crescente de ocorrências. Ontem foi atingido um pico, com 114 ocorrências: 84 durante o dia e 34 durante a noite. Só hoje, até às 12h00, foram identificadas 38 novas ocorrências, para as quais foram mobilizados 674 bombeiros e 188 veículos, além de meios aéreos.
A subida das temperaturas é vista como um fator crítico. Recorde-se que segundo dados avançados pela rede Copernicus, Julho foi o mês mais quente de sempre, tendo sido marcado por ondas de calor e incêndios.
Os especialistas detalham que julho foi 0,33°C mais quente do que o mês que detinha o recorde até agora (julho de 2019, quando se registou uma média de 16,63°C). A temperatura do ar foi também 0,72°C mais quente do que a média (1991-2020) em julho.
Mesmo antes do final do mês, os cientistas tinham considerado "extremamente provável" que este fosse o mês mais quente de que há registo, no conjunto de todas as estações.
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