O presidente dos assuntos globais da tecnológica, Kent Walker, afirmou que os ciberataques aumentaram a nível mundial cerca de 38% em 2022 e as novas tecnologias como a inteligência artificial (IA) trazem consigo "ameaças que são cada vez mais sofisticadas", pelo que é necessário "trabalhar juntos à escala internacional".
Apesar destas ameaças, a Europa enfrenta uma escassez de talento na área da segurança digital, que no passado se cifrou em 500.000 profissionais.
Por essa razão, durante a inauguração do GSEC Málaga, que se soma a dois centros com estas características da Google em Dublin (Irlanda) e Munique (Alemanha), Kent Walker anunciou que a tecnológica vai avançar com um programa através da Google.org para melhorar a formação europeia em cibersegurança.
Trata-se de um convite aberto às universidades europeias para que apresentem a sua candidatura para acolher um seminário sobre cibersegurança, no qual serão selecionados oito de outros tantos países (Espanha, polónia, Ucrânia, França, Alemanha, Grécia, Roménia e República Checa), que receberão um financiamento de até um milhão de dólares.
Além do apoio financeiro, também beneficiarão da orientação educacional e de recursos proporcionados pela Iniciativa Europeia de Investigação sobre Ciberconflitos (ECCRI), que irá elaborar um plano de estudos e receberá outros dois milhões de dólares.
No total é esperado que participem mais de 1.600 estudantes, que devem pôr em prática os conhecimentos adquirirdos durante o seminário ajudando um total de 3.200 organizações locais a proteger-se contra possíveis ataques.
Em toda a Europa, a Google já deu formação em competências digitais a 12 milhões de pessoas, mas pretende "crescer mais", de acordo com Walker, que estava acompanhado pelo diretor de segurança informática da Google Cloud, Phil Venables, entre outros.
"Deveríamos ter a liberdade de utilizar a tecnologia sem medo que a nossa informação acabe em mãos erradas", salientou Phil Venables.
Já a vice-presidente do Parlamento Europeu e responsável pela cibersegurança, Dita Charanzová, que fez uma intervenção através de vídeo, e incentivou a colaboração público-privada para proteger a economia digitalizada, uma vez que "as ameaças só aumentam, é como brincar de gato e rato".
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