O programa de observação terrestre Copernicus tem vindo a ajudar os cientistas a responder a desafios como as alterações climáticas, catástrofes naturais ou até a perceber as mudanças causadas pela pandemia de COVID-19. Agora, cinco empresas portuguesas ganharam contratos da Agência Espacial Europeia para seis novas missões do programa Copernicus que representam o desenvolvimento de, pelo menos, 12 satélites, avança a Lusa.
Os contratos integram o investimento assumido pela ESA e pela União Europeia no valor total de 2,5 mil milhões de euros. De acordo com a agência espacial Portugal Space, as escolhidas foram a Active Space Technologies, a Critical Software, a Deimos Engenharia, a Frezite High Performance e o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI). As empresas vão desenvolver alguns dos componentes das novas missões do programa Copernicus, incluindo novos satélites.
“Depois de Portugal ter subscrito cinco milhões de euros do Copernicus no último conselho ministerial da Agência Espacial Europeia, a recompensa chega agora com contratos avaliados em dez milhões de euros”, afirmou a Portugal Space em comunicado à imprensa.
As novas missões foram concebidas para colmatar as lacunas existentes e “alargar as atuais capacidades do segmento espacial do programa”, explicou a agência espacial portuguesa. Quando chegarem ao Espaço, os novos satélites recolherão dados que permitirão uma melhor “compreensão dos processos climáticos”, levando a decisões que “permitam mitigar o impacto dos efeitos do Homem sobre os ecossistemas terrestres e marítimos”.
O financiamento para o desenvolvimento total do Copernicus está dependente da negociação do próximo Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia. A decisão de contratualizar a construção dos novos satélites aconteceu depois de os Estados-membros da ESA terem aprovado e subscrito a nova fase do programa na Conferência Ministerial Space19+, no final de 2019.
No encontro, Portugal subscreveu um total de cinco milhões de euros do Copernicus, com o objetivo de “dar às empresas portuguesas a oportunidade de virem a liderar o desenvolvimento de subsistemas relevantes para as missões”, relembra a Portugal Space.
“As empresas portuguesas estão a expandir a sua presença em projetos com cada vez mais valor acrescentado e também a subir na cadeia de valor, reforçando, assim, o setor espacial português”, afirmou a presidente da Portugal Space, Chiara Manfletti, referindo que esta é uma posição que a curto prazo irá exigir mais recursos humanos, com maiores qualificações.
Um dos principais objetivos da agência espacial portuguesa é “criar novos empregos altamente qualificados”, e a escolha de cinco empresas portuguesas no âmbito do Copernicus significa que se está a trabalhar no “caminho certo”, reforçou Chiara Manfletti.
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