Embora ainda estejamos longe de uma realidade em que é possível imprimir em 3D órgãos humanos para transplante, a comunidade científica tem vindo a fazer progressos na área. Um grupo de investigadores da Universidade de Buffalo em Nova Iorque descobriu uma nova técnica que, no futuro, poderá acelerar significativamente a produção de órgãos através de impressão 3D.

De acordo com Ruogang Zhao, co-autor do estudo publicado na revista científica Advanced Healthcare Materials, foi possível desenvolver uma tecnologia que é até 50 vezes mais rápida do que os atuais métodos de impressão 3D. O investigador destaca que a impressora usada permite a utilização de amostras muito maiores do que anteriormente.

Num vídeo publicado pela Universidade é possível observar um timelapse que condensa em sete segundos todo o processo de impressão de uma mão artificial. Os investigadores explicam que, de modo geral, o processo convencional demoraria cerca de seis horas. Ao todo, a impressão através do novo método demorou apenas 19 minutos.

O processo usado pelos cientistas combina estereolitografia com o uso de hidrogel e é visto como uma melhor forma de imprimir corretamente todos os pequenos detalhes das células que existem nos vasos sanguíneos. Segundo Chi Zhou, outro dos co-autores do estudo, a tecnologia desenvolvida permite “reduzir significativamente a deformação e os danos celulares causados pela exposição prolongada aos elementos presentes em métodos de impressão 3D convencionais”.

Ao longo dos últimos anos foram vários os investigadores que conseguiram fazer progressos na área da impressão 3D de órgãos humanos. Um dos casos mais recentes remonta a 2019, altura em que cientistas da Universidade de Carnegie Mellon, no Estado norte-americano da Pensilvânia, revelaram um novo método de bioimpressão chamado 3D FRESH.

A curto prazo, a técnica poderá servir para reparar órgãos, como um coração após uma disfunção cardíaca. Já a longo prazo, os investigadores ambicionavam ajudar os doentes que esperam por um transplante de coração, porém, a técnica usada teria primeiro de ser validada em ensaios com animais e humanos.

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