O foguetão Longa Marcha 2F partiu à hora prevista, 09:22 (02:22 em Lisboa) do Centro de lançamento espacial de Jiuquan, no deserto de Gobi (noroeste), de acordo com as imagens transmitidas em direto pela televisão estatal CGTN. Leva a bordo a nave Shenzhou-12, já na sua terceira missão.

Os três astronautas, Nie Haisheng, Liu Boming e Tang Hongbo vão passar três meses no primeiro módulo da estação Tiangong [Palácio Celestial], que deverá estar concluída em 2022 e ter uma vida útil de pelo menos dez anos no espaço.

Funcionando como centro de controlo e habitação dos astronautas, este primeiro módulo foi colocado na órbita terrestre, entre 350 e 390 quilómetros de altitude, em abril.

A decisão de construir uma estação espacial chinesa surgiu depois da recusa dos Estados Unidos de deixarem a China participar na Estação Espacial Internacional (ISS).

A ISS, que reúne os Estados Unidos, a Rússia, o Canadá, a Europa e o Japão, deve deixar de estar operacional em 2024, apesar de a agência espacial norte-americana NASA ter já mencionado a possibilidade de prolongar o funcionamento até 2028.

“Estamos prontos a cooperar com qualquer país empenhado numa utilização pacífica do espaço”, declarou, na quarta-feira, um responsável da agência de voos tripulados chinesa (CMSA), Ji Qiming.

Uma estação espacial em construção

No dia 29 de abril a China colocou em órbita da Terra a primeira peça do “puzzle” daquela que será a sua estação espacial. O módulo situação a uma distância de 370 quilómetros do planeta e estima-se que estará operacional em 2022. Mas para isso, serão necessários mais uma dezena de viagens com os restantes módulos para terminar o trabalho.

Inicialmente, apenas três astronautas poderão habitar a estação, mas não está de lado a continuação do seu crescimento, para aumentar a capacidade dos cientistas que vão fazer investigações científicas.

A Estação Espacial chinesa vai orbitar a cerca de 230 milhas acima da Terra (370km), um pouco abaixo da Estação Espacial Internacional, que é quatro vezes maior. Desde o ano passado e até final deste ano, estão previstas 11 missões para construir a plataforma.

Quem quiser também já pode visitar a Estação Espacial com a ajuda de realidade virtual.

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