Se atualmente a tecnologia de realidade aumentada chegou aos óculos convencionais, a Mojo é uma empresa que tem vindo a investigar o conceito em lentes de contacto. O seu design assenta num ecrã microLED com um tamanho de um grão de areia, capaz de apresentar informações críticas aos utilizadores. Os sensores inteligentes são alimentados por baterias topo de gama montadas nas lentes esclerais, com capacidade de corrigir a visão. Desta forma, a Mojo introduz uma camada digital de informação para os utilizadores sobre a realidade.
Numa recente entrevista de Drew Perkins, o CEO da empresa, à Cnet, foi referido que o mesmo já está a testar a tecnologia internamente. Até agora, apenas utiliza as lentes de contacto uma hora de cada vez, numa experiência comparada à aprendizagem de um bebé a caminhar.
A utilização de texto a flutuar no ecrã da lente, como se fosse um teleponto, é uma das funcionalidades disponíveis numa das suas aplicações. Um compasso integrado, alimentado por um magnetómetro, garante as direções cardiais em tempo real, indicando ao utilizador se está voltado para norte ou sul, por exemplo.
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A tecnologia da Mojo requer um processador aplicado num módulo colocado ao pescoço do utilizador. Este processa a informação e vai comunicando com as lentes, que garantem ainda o rastreamento do movimento dos olhos. A composição do equipamento requere ainda uma cobertura especial equipada com uma antena embutida para manter a conexão. Já a lente é composta pelo ecrã microLED, um radio wireless de curta-distância, um processador ARM e um sistema de rastreio de movimentos, composto por acelerómetro, giroscópio e magnetómetro.
Para já, os testes das lentes de contacto estão limitados a apenas um olho, sendo o próximo objetivo utilizar as duas lentes em simultâneo para se obter uma visão tridimensional das camadas de informação. O objetivo é ter todo o conjunto de hardware operacional e só depois começar a aumentar o tempo de utilização e a passagem para os dois olhos. A equipa vai continuar a refinar a tecnologia até submeter o protótipo ao regulador FDA para aprovação de venda no mercado. Será necessário executar estudos clínicos para testar a capacidade das lentes de contacto e obter feedback tanto do software como das respetivas aplicações.
No final do ano os testes serão alargados a potenciais parceiros de negócio, tais como empresas de fitness e bem-estar, investidores e até imprensa.
No website oficial da Mojo, são dados alguns exemplos do potencial da tecnologia das lentes de contacto inteligentes, no que diz respeito à realidade aumentada. Imagine ver o ritmo das corridas, observar as linhas de uma pista de ski, cábulas para uma apresentação ou mesmo informações úteis dos circuitos de golfe. Informações cruciais aos utilizadores, mas invisíveis para todos os outros.
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