A cápsula espacial CST-100 Starliner da Boeing regressou à Terra no último domingo, 22 de dezembro, após ter falhado a acoplagem à Estação Espacial Internacional (ISS). Embora o teste não tenha corrido como planeado, o veículo aterrou em segurança no deserto do Novo México, nos Estados Unidos. A aterragem é, para a Agência Espacial Norte-Americana, um sinal de que as futuras missões tripuladas poderão ser bem-sucedidas no regresso à Terra.
A cápsula foi lançada a 20 de dezembro pelo foguetão Atlas V, contudo, após a separação, os propulsores não foram ativados. O veículo espacial entrou numa trajetória diferente da planeada, não conseguindo atingir a altitude necessária para chegar à ISS.
Em questão, esteve uma anomalia no seu sistema de contagem decrescente, elucidou Jim Bridenstine, diretor da NASA, no Twitter. Em conferência de imprensa, o responsável esclareceu que os engenheiros a cargo do controlo da missão tentaram resolver a anomalia manualmente, enviando códigos para a sua correção. O erro fez, não só com que o sistema da Starliner assumisse que já tinham sido realizadas as operações necessárias para se colocar na rota correta, mas também provocou um consumo de combustível acima do previsto, impossibilitando, assim, o contacto com a ISS.
Embora a cápsula tenha falhado a acoplagem, a NASA indica que a missão foi capaz de completar alguns dos seus objetivos, entre eles, o lançamento bem-sucedido do foguetão Atlas V e a realização de testes de comunicações com a Starliner. “É por isso que levamos a cabo este tipo de teste: para aprender e melhorar os nossos sistemas”, elucidou Jim Bridenstine em comunicado à imprensa.
Para já, antes de avançarem com qualquer novo teste, a Boing e a NASA vão analisar os dados da missão, algo que poderá ditar o rumo do cronograma do primeiro voo tripulado da Starline, planeado para o início de 2020.
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