A primeira aproximação da sonda BepiColombo a Mercúrio realizou-se em outubro de 2021, conseguindo atingir uma distância de 199 quilómetros, registando pelo caminho algumas imagens memoráveis. A segunda “espreitadela” foi marcada para o próximo dia 23 de junho, estando previsto um total de seis até a entrada no planeta em 2025.

Segundo a ESA, que está a realizar a missão com a congénere japonesa JAXA, pretende-se que a sonda se aproxime a cerca de 200 quilómetros da superfície do planeta. Espera-se atingir o ponto mais próximo às 10h44 de quinta-feira. O objetivo principal da aproximação é usar a gravidade do planeta para afinar a trajetória do BepiColombo.

BepiColombo - segunda aproximação

Desde que foi lançado em outubro de 2018, através do foguetão Ariane 5, a sonda fez uma aproximação na Terra, duas em Vénus e seis previstos para Mercúrio, usando o seu sistema elétrico de propulsão através de energia solar para navegar contra a força gravitacional do Sol.

Durante a próxima aproximação a Mercúrio, muitos dos seus instrumentos ainda não estão totalmente operacionais, mas isso não vai impedir a sonda de captar mais fotografias com as suas três câmaras de monitorização. Por outro lado, outros sensores vão captar amostras de partículas magnéticas e de plasma do planeta nas diferentes distâncias do percurso. A equipa de cientistas diz que o material recolhido nestas aproximações são extremamente valiosas.

Para esta segunda aproximação, a BepiColombo precisa de passar Mercúrio a uma distância de 200 quilómetros da superfície, a uma velocidade de 7,5 quilómetros por segundo. Ao fazê-lo, a sua velocidade, em relação ao Sol, será abrandando por 1,3 km/h, colocando-o mais próximo da órbita de Mercúrio.

Veja na galeria a primeira aproximação de Mercúrio

A ESA vai recolher as primeiras imagens da aproximação apenas algumas horas depois da menor distância do planeta, esperando-se mais fotografias durante a sexta-feira. A ESA vai torná-las públicas na próxima segunda-feira, dia 27 de junho. Espera-se identificar crateras com origem de impactos, assim como detalhes geológicos ligados à atividade vulcânica e tectónica do planeta. A ESA diz que Mercúrio tem uma superfície com um histórico de 4,6 mil milhões de anos de histórias de bombardeamentos de cometas e asteroides. E espera que os cientistas descubram os segredos do seu lugar na evolução do Sistema Solar.

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