
De acordo com a SpaceX, a fuga de combustível foi identificada a 8 de junho, após um dos últimos testes ao foguetão antes do lançamento. O voo, que entretanto tinha sido adiado pela 11 de junho, ficou em “standby” à medida que os especialistas da empresa resolvem o problema.
Assim que os trabalhos estiverem concluídos, e tendo em conta a disponibilidade da base de lançamento no Centro Espacial Kennedy, a empresa espacial de Elon Musk anunciará uma nova data para o lançamento da Ax-4.
Como avança o website SpaceNews, a missão da Axiom Space tem enfrentado uma série de atrasos causados por questões como trocas na cápsula da SpaceX que levará a tripulação até à ISS, mas também condições meteorológicas menos ideais para o lançamento.
Segundo Dana Weigel, gestora do programa da ISS na NASA, haverá novas oportunidades de lançamento para a Ax-4 a partir da segunda semana de julho.
Recorde-se que, depois da estreia comercial de astronautas da Agência Espacial Europeia (ESA) no Espaço, no início do ano passado, a missão AX-4 vai levar uma tripulação que inclui astronautas da Índia, Polónia e Hungria, marcando a primeira missão de cada uma destas nações à ISS.
Na tripulação da Ax-4 contam-se Peggy Whitson, astronauta veterana da NASA e diretora dos voos espaciais tripulados da Axiom Space, como comandante, mas também três estreias: Shubhanshu Shukla da Organização de Investigação Espacial Indiana; Sławosz Uznański-Wiśniewski, da ESA; e Tibor Kapu, que representa o programa húngaro de astronautas Hungarian to Orbit (HUNOR).
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Ao chegarem à ISS, os astronautas vão passar 14 dias numa série de atividades que incluem um conjunto de 60 experiências científicas e demonstrações tecnológicas.
Quanto custa uma viagem espacial da Axion Space?
O preço das viagens espaciais da Blue Origin ou da Virgin Galactic não é para todas as carteiras, mas um bilhete para uma das missões privadas da Axion Space é ainda mais avultado, rondando os 70 milhões de dólares.
Ao contrário das empresas de Jeff Bezos e de Richard Branson, estas missões têm objetivos menos turísticos e mais científicos, envolvendo um grande nível de preparação para uma estadia de maior duração no Espaço, explica Tejpaul Bhatia, CEO da Axiom Space ao Business Insider.
O bilhete de 70 milhões de dólares não cobre apenas a viagem à ISS, mas inclui também a participação num programa de treino com a duração de um ano. Em entrevista ao SAPO TEK, o fisiologista português Emiliano Ventura, fundador e diretor da MSI Bioperformance, já tinha detalhado como é a preparação para uma missão espacial da Axiom Space.
Segundo a empresa, as viagens estão abertas a países, agências espaciais, investigadores, organizações e indivíduos, isto é, desde que se alinhem com a missão e objetivos da empresa. O preço exato é depois determinado consoante o caso em questão.
Como indica Tejpaul Bhatia, as missões servem também como uma oportunidade para diferentes países acederem ao Espaço sem serem parceiros da ISS. A nível governamental, Tejpaul Bhatia afirma que o preço do bilhete é uma “gota num balde de água" em comparação com o custo de desenvolver um programa espacial e enviar tripulações para o Espaço.
Para a empresa, o programa de voos espaciais faz parte de uma missão mais ampla, que prevê a construção daquela que é descrita como a primeira estação espacial comercial do mundo, que poderá suceder à ISS, cuja desativação está prevista para 2030.
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