Na 3ª edição do Concurso de Projetos de Computação Avançada foram aprovadas 86% das candidaturas, entre as 163 recebidas, um número recorde de projetos aprovados, face à edição anterior. “Os 140 projetos aprovados representam o acesso a 50 instituições nacionais, 40 milhões de CPU core.horas e 46 mil GPU.horas atribuídas, com uma valorização dos projetos estimada em mais de 500 mil euros”, explica a Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Os projetos vão ser realizados nas plataformas da Rede Nacional de Computação Avançada (RNCA), que disponibilizam recursos de Computação de Alto Desempenho (HPC), Computação em Cloud Científica (SCC) ou Ambientes Virtuais de Investigação (VRE).

Os beneficiários têm seis ou 12 meses para executar os projetos de HPC e SCC ou 24 meses para os projetos VRE, sendo que neste universo de projeto existem três tipologias.
As iniciativas de acesso experimental são 62 e representam a totalidade das candidaturas submetidas. Há ainda 47 projetos de acesso preparatório/desenvolvimento e 31 projetos na categoria acesso projeto/regular. Nestas duas categorias, as taxas de aprovação foram, respetivamente, de 96% e 60%.

As plataformas de suporte aos projetos são o Navigator do LCA-UC (Laboratório de Computação Avançada da Universidade de Coimbra); o Oblivion e Vision do HPC-UE (Centro de HPC da Universidade de Évora); e o Cirrus e Stratus da INCD (Infraestrutura Nacional de Computação Distribuída).

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As três áreas científicas que mais acedem a estes recursos são Engenharias, Física e Química, ainda que se verifique uma tendência de crescimento nas áreas do Ambiente, Bioinformática e da Sociologia.

A FCCN, Unidade da FCT, é responsável pela promoção do desenvolvimento da RNCA e pela coordenação de recursos nacionais de computação avançada. Tem ainda a missão de estimular a cooperação entre os vários centros envolvidos e de desenvolver parcerias nacionais e internacionais com outras entidades. A montante, a FCT promove anualmente concursos de Projetos de Computação Avançada que visam contribuir para a inovação e transferência de conhecimento.

Como explica a Fundação, além dos apoios disponibilizados pela RNCA, há ainda uma parceria europeia, a EuroHPC, com concursos abertos para dar acesso aos supercomputadores europeus, como o LUMI, o Vega ou o Meluxina.