Depois de a Hope Probe, a primeira missão dos Emirados Árabes Unidos com destino a Marte ter partido para Espaço com sucesso, chegou a vez da China lançar a Tianwen-1. A primeira missão chinesa que vai explorar o Planeta Vermelho foi hoje lançada com sucesso, partindo à “boleia” do foguetão Longa Marcha 5 a partir do Centro de Lançamento Espacial de Wenchang, na província de Hainan, avança a imprensa local.
A Tianwen-1, cujo nome toma inspiração num poema chines do século III a.C, significando “Questões para o Céu", é composta por uma sonda e por um rover equipados com instrumentos de recolha de dados. Entre os objetivos da missão está a exploração do solo marciano, procurando perceber a distribuição de água gelada do planeta e a composição da sua superfície, assim como do seu clima e atmosfera. Em destaque está também a procura por sinais de vida antiga no planeta.
Num artigo publicado na revista científica Nature, quatro dos cientistas por trás da missão explicam que, quando aterrar em Marte, depois de uma viagem de cerca de sete meses, a Tianwen-1 terá uma autonomia de 90 dias marcianos, o que equivale a cerca de 169 dias terrestres.
Os preparativos para o lançamento tiveram de continuar, apesar da pandemia de COVID-19, o que em parte levou a ESA e a Roscosmos a abandonar os seus planos de enviar um veículo espacial para Marte, uma vez que perderam a janela de lançamento para a missão ExoMars.
Recorde-se que a última tentativa da China foi feita em colaboração com a Rússia, em 2011, mas foi fracassada. O país tem um plano ambicioso para a exploração espacial e espera construir uma plataforma orbital de investigação na órbitra da Terra, algures em 2022. Além disso, encontra-se a testar uma nave espacial tripulada, de forma a levar astronautas chineses para a Lua.
Já a Hope, ou al-Amal em árabe, foi lançada com sucesso a partir do Centro Espacial Tanegashima, no Japão, a bordo do foguetão Mitsubishi H-2A. A primeira missão a Marte do governo Árabe pretende dar um empurrão ao seu sector científico, sendo este considerado “o futuro da UAE”, como destacado por Sarah Al Amiri, a Ministra da Ciência da UAE.
A sonda vai ficar na órbita do Planeta Vermelho todo um ano marciano, o que corresponde a 687 dias. O objetivo da missão que tem um orçamento de 200 milhões de dólares é obter mais informações sobre a dinâmica do sistema de meteorologia do marciando, antecipando-se às missões tripuladas que estão planeadas para os próximos anos.
Corrida a Marte: Missão da NASA é a próxima a partir para o Planeta Vermelho
Em breve, Estados Unidos vão também enviar o rover Perseverance para o Planeta Vermelho. Ao longo do seu desenvolvimento, o veículo já ganhou pernas e rodas, um braço até um helicóptero. Depois de ter treinado os “moves” para a futura viagem de exploração, o Perseverance passou no seu primeiro teste de condução no Jet Propulsion Lab Laboratory em Passadena, Califórnia e, mais recentemente, já aprendeu a manter-se equilibrado.
Em fevereiro, a NASA revelou o seu plano de ação para trazer amostras de Marte para a Terra que contará com a parceria da ESA. Graças a uma perfuradora na extremidade do braço robótico, o rover vai perfurar o solo marciano e obter amostras que serão armazenadas em tubos no seu interior. Após recolhê-las, o veículo vai colocá-las na superfície para recolha.
É aqui que entra em ação o lander que, através do Sample Fetch Rover e Transfer Arm, fará a transferência das amostras para um foguetão e para o Mars Ascent Vehicle, utilizado para transportá-las do planeta para o espaço. A fase final ocorrerá em 2026, altura em que será lançado um Orbiter em direção a Marte. Ao chegar ao Planeta Vermelho, receberá a carga de amostras e projetá-la-á em direção à Terra, onde se prevê que chegue em 2031.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
20 anos de Halo 2 trazem mapas clássicos e a mítica Demo E3 de volta -
App do dia
Proteja a galáxia dos invasores com o Space shooter: Galaxy attack -
Site do dia
Google Earth reforça ferramenta Timelapse com imagens que remontam à Segunda Guerra Mundial -
How to TEK
Pesquisa no Google Fotos vai ficar mais fácil. É só usar linguagem “normal”
Comentários