Em março a Icon começou a demonstrar as capacidades do sistema robótico Pheonix para impressão 3D de casas, construindo um protótipo com oito metros de altura, que esteve em exposição em Austin, no Texas. Agora, com o seu anterior sistema Vulcan, a empresa construiu um bairro inteiro, composto por cerca de 100 casas impressas em 3D.
A impressora mete uns impressionantes 13,7 metros de altura e pesa 4,75 toneladas, dimensões para conseguir imprimir as paredes e os telhados de casas. A comunidade de Wolf Ranch, em Georgetown, no Texas, tem mais um bairro que nasceu rapidamente, com os primeiros “jatos” de composto a serem lançados em novembro de 2022, demorando ano e meio para criar o bairro que no formato tradicional de construção poderia demorar anos.
A empresa salienta ainda que além da velocidade da impressão, os custos de construção são menores, requerem menos trabalhadores e mais importante, minimizam o desperdício dos materiais. Em entrevista à Reuters, Conner Jenjins, gestor do projeto, destaca a eficiência que o sistema de construção introduz no mercado de imobiliário. “Nos locais onde teríamos cinco equipas diferentes para construir um sistema de paredes, agora temos uma equipa e um robot”.
Veja na galeria imagens das casas 3D da Icon:
A impressora é alimentada com cimento em pó, água, areia e outros aditivos que são misturados e bombeados para a impressora. Já a ponteira espreme a mistura do cimento, como se fosse uma pasta de dentes para uma escova, deslizando para criar camadas em forma de linhas num caminho pré-programado.
As casas têm três a quatro quartos e moram cerca de três semanas a concluir. Ainda assim, todas as fundações da habitação e as bases de metal para o telhado são instaladas de forma convencional, explica o empreiteiro. As paredes são resistentes à água, bolor, térmitas e às condições extremas da meteorologia.
Um dos casais que comprou uma das casas impressas em 3D aponta que a habitação parece uma fortaleza, estando confiantes que esta vai resistir à maioria dos tornados. E que as paredes protegem do calor do Texas, mantendo o interior fresco. Mas também tem a desvantagem de as paredes bloquearem os sinais de internet Wi-Fi, sendo necessário utilizar redes de Mesh.
Veja o vídeo:
Os preços das casas rondam os 450-600 mil dólares e que já venderam mais de um quarto das habitações disponíveis.
De recordar que a NASA financiou um projeto para construir casas impressas em 3D na Lua, um projeto liderado pela Icon, que continua a mostrar o pioneirismo no ramo. O desafio da empresa é encontrar uma solução idêntica àquela que tem usado na Terra, para construir casas na Lua, o que implica muita pesquisa e a identificação dos materiais certos para criar construções sólidas e resistentes, que permitam estadias de longa duração. Entre os desafios está a gigantesca amplitude térmica da Lua, que atinge valores extremos, elevadas radiações ou poeiras lunares, entre outros.
Em Portugal, a Litehaus anunciou a utilização de uma impressora 3D para construir aquela que será a primeira casa portuguesa "impressa", a instalar em Torres Vedras.
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