Lançado em meados do passado mês de dezembro, o Surface Water and Ocean Topography (SWOT) está encarregue de rastrear a pente fino mares, rios e lagos na Terra, ou o mesmo que dizer todas as grandes manchas de água do planeta.
Mais precisamente, o principal protagonista da missão da NASA e do Centre National d’Études Spatiales (CNES) com participação francesa estará na órbita da Terra, a quase 900 km de altitude, durante três anos, para medir a altura da água em mais de 90% da superfície terrestre, num contributo precioso para estudar as alterações climáticas.
Para fazer aquilo a que se propõe, era necessário desdobrar mastro principal e antenas, depois de ter acontecido o mesmo com os painéis solares que alimentam o satélite. E foi isso que acabou por suceder recentemente.
A missão monitoriza e controla o satélite recorrendo a dados de telemetria, mas também o equipou com quatro câmaras destinadas a registar a ação, que decorreu ao longo de quatro dias, terminando a 22 de dezembro último.
As duas câmaras captaram a abertura do mastro em toda a sua extensão, mas não conseguiram registar o desdobramento total das antenas, uma ação que foi depois confirmada com dados de telemetria.
A uma distância de 10 metros, em cada extremidade do mastro, as duas antenas pertencem ao inovador instrumento Ka-band Radar Interferometer (KaRIn). A NASA explica que KaRIn foi projetado para registar medições precisas da altura da água em manchas de água doce e nos oceanos, sendo capaz de ver redemoinhos, correntes e outras características com menos de 20 quilómetros de diâmetro. Também vai recolher dados sobre lagos e reservatórios com mais de 62.500 metros quadrados e rios com mais de 100 metros de diâmetro.
O instrumento fará isso refletindo pulsos de radar na superfície da água na Terra e recebendo os sinais com ambas as antenas, registando dados ao longo de uma faixa de 50 quilómetros de largura em cada lado do satélite.
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