A monitorização do gelo perdido nos glaciares, mantos de gelo e terras congeladas do mundo mostra que a Terra está a perder gelo a um ritmo acelerado, uma tendência que está agora documentada e calculada num novo estudo.
Usando informações dos satélites ERS, Envisat e CryoSat da ESA, bem como das missões Copernicus Sentinel-1 e Sentinel-2, a análise liderada por Tom Slater, da Universidade de Leeds, descobriu que a taxa a que a Terra tem perdido gelo aumentou acentuadamente nas últimas três décadas, situando-se em mais de um bilião de toneladas por ano.
Em perspetiva, os valores corresponderiam a algo como o equivalente a um cubo de gelo de 10x10x10 quilómetros sobre o horizonte de Oslo, ou o mesmo que dizer12.000 vezes o consumo anual de água da capital norueguesa.
A comparação e os dados são tratados na forma de um vídeo explicativo publicado pela ESA:
A continuidade da observação da Terra através de satélites é essencial para prever futuras perdas de gelo e para ajudar a mitigar as ameaças que o aumento do nível do mar representa, destaca a ESA.
Recentemente, a agência espacial Europeia sublinhou a importância dos satélites na monitorização do problemático El Niño, que está de regresso. Os satélites de observação da Terra, e mais especificamente a missão Copernicus Sentinel-3, são fundamentais para monitorizar os padrões que levam ao fenómeno cíclico e para ajudar a melhor entender e prever as suas consequências no contexto das alterações climáticas.
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