Num ano pouco rico em títulos de primeira linha, os independentes aproveitaram o espaço para brilhar. É certo que 2022 será lembrado como o ano da adolescência de Atreus, o ano de Elden Ring ou o ano da sequela de Horizon Zero Dawn, mas quando se aventurarem a explorar os tops, os jogadores encontrarão, a par destes títulos, algumas propostas mais excêntricas, apresentadas por estúdios mais curtos, com o objetivo de expandir os limites das experiências que os videojogos nos podem proporcionar.

Cult of the Lamb é um dos jogos que representa essa ideia. Neste título, jogará no papel de um borrego cuja vida está prestes a terminar num sacrifício sangrento. No entanto, num golpe de sorte, a criatura é salva por uma divindade que lhe delega a missão de montar um culto em sua homenagem. O que se segue é uma mistura entre um slasher/dungeon crawler e um simulador à la FarmVille, onde terá de montar a sua aldeia e tomar conta dos membros do culto. A arte do jogo oscila entre criaturas fofas, de olhos grandes e vozes agudas e momentos de combate sangrento, o que proporciona uma experiência que oscila entre dois extremos, deixando-nos constantemente suspensos na expectativa. Esta é uma proposta da Massive Monster que vale a pena experimentar, tanto quanto os títulos de maior pompa que chegaram às lojas este ano.

Outro nome que importa destacar é Stray. Mais um jogo independente, este com uma nomeação para Jogo do Ano, na última edição dos The Game Awards (o prémio acabou por ser atribuído a Elden Ring). Em Stray, jogará como um pequeno gato laranja, perdido numa região isolada, exclusivamente habitada por robots. O objetivo é voltar a reunir-se com a sua família. Pelo meio, terá de resolver uma série de puzzles e interagir com dezenas de habitantes que o ajudarão a superar este desafio.

Ainda no capítulo das propostas peculiares, temos Pentiment. Um jogo que se desenrola num mundo ilustrado, medieval, onde um artista se vê envolvido em sucessivos acontecimentos dramáticos, como homicídios, escândalos e conspirações, tudo isto enquanto a sociedade se transforma, religiosa e politicamente. Pentiment é uma aventura maioritariamente narrativa, com uma arte muito própria, capaz de lhe proporcionar momentos cómicos, trágicos e cómico-trágicos, com uma frequência alucinante, o que contribui, naturalmente, para mais uma experiência original, só possível na independência deste título.

Para o TEK, estes e outros jogos fazem parte da seleção de 25 títulos que marcaram o ano de 2022. Consulte a galeria abaixo para os conhecer a todos.