Chama-se Roc e é o maior avião do mundo de operações, prometendo eliminar barreiras técnicas e logísticas. A sua fabricante Stratolaunch Systems explica que o nome Roc inspira-se no gigantesco pássaro lendário, cuja lenda dizia que era grande o suficiente para carregar elefantes adultos. Por outro lado, no folclore antigo arábico, Roc é conhecido por transportar marinheiros para a segurança.
O facto é que este avião tem asas com uma largura de 117 metros, o equivalente a um estádio de futebol. O aparelho parece o resultado da fusão de dois aviões convencionais, unidos pelas asas centrais, ou seja, tem duas cabines e respetiva fuselagem, o que significa que tem “tudo a dobrar”. E na verdade o Roc é mesmo composto por dois Boeing 747-400 que pertenciam à United Airlines, que acabaram por ser desconstruídos para dar vida à estrutura do design atual, totalmente feito em fibra de carbono.
Veja na galeria imagens do Stratolaunch Roc:
O avião já fez nove ensaios bem-sucedidos desde o primeiro em 2019 e o último durou seis horas no deserto do Mojave, nos Estados Unidos. Foi considerado o voo mais longo deste avião. A fabricante diz que tem seis motores Boeing 747s a alimentar o gigantesco avião, três em cada extremidade das asas. O seu design de fuselagem dupla e asas longas permite voos mais seguros, diz a empresa. O avião suporta uma capacidade de carga de cerca de 226.796 quilos, garantindo no seu interior múltiplas configurações à medida das necessidades dos seus clientes.
A Stratolaunch Systems tem pouca margem de manobra para erros, uma vez que apenas uma única unidade do Roc foi construída. O avião foi desenhado para funcionar como uma nave-mãe (mothership) ou seja, carregar foguetões para serem lançados ao espaço a partir do céu (à semelhança do sistema da Virgin Orbit) ou qualquer outro veículo hipersónico que precise de uma boleia para levantar voo.
No último voo de teste realizado, a 13 de janeiro, o Roc alcançou uma altitude de 22.500 pés, ou seja, 6,85 quilómetros. E já pensa no primeiro voo hipersónico durante o primeiro semestre de 2023, para lançar o seu Talon-A, uma nave autónoma e reutilizável, com um design muito parecido com o clássico Vaivém. Este veículo foi construído para atingir velocidades de voo Mach entre diversas altitudes e perfis de voo para tornar os testes de voo mais acessíveis e em conta. A sua carga permite transportar até três foguetões.
A Stratolaunch Systems é uma empresa criada pelo cofundado da Microsoft, Paul Allen, que acabou por falecer em 2018, um ano antes do voo inaugural do avião. O Roc esteve em desenvolvimento durante quase uma década. O desejo de Paul Allen era criar um sistema de lançamento de foguetões e satélites mais acessível. A continuação do projeto após a morte do seu mentor foi assegurada pela Cerberus Capital, que assumiu a empresa, acelerando a investigação e desenvolvimento do imponente avião.
Veja no vídeo o primeiro voo do Stratolaunch Roc:
O avião foi desenhado para levantar voo e aterrar numa pista convencional de um aeroporto, ao contrário de outros aviões hipersónicos. E desde novembro que o laboratório de investigação da Força Aérea dos Estados Unidos tem vindo a suportar os seus testes de voo.
Segundo o Business Insider, o avião foi colocado à venda em 2019 por 400 milhões, mas ainda não foi fechado nenhum acordo. E entre os interessados estaria o dono da Virgin, Richard Branson.
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